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Scot Consultoria

Mobilidade do correntista vai além das tarifas


Sexta-feira, 7 de dezembro de 2007 - 16h27

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Não obstante ser bem-vinda, a ampliação dos benefícios aos correntistas em relação às tarifas bancárias está muito distante de permitir ao usuário do sistema bancário brasileiro a conquista de mobilidade. Quando se fala em mobilidade à imagem que é construída é a semelhante aos mercados que há muitos concorrentes disputando o consumidor: oferecem preços mais baixos, atendimento diferenciado, qualidade no produto e acima de tudo permite que esse consumidor pague somente o justo. Quer garantir, via concorrência, que o correntista possa se “emancipar” em seu relacionamento com o banco? Primeiro o Banco Central deve ficar de olho na concentração do setor. Se de um lado é bom ter um sistema bancário nas mãos de robustos grupos econômicos pois gera credibilidade, de outro lado torna o mercado imperfeito, com práticas abusivas que podem ser combinadas entre os intermediários financeiros. Outra questão que permitiria a prática concorrencial seria a criação de condições para que o relacionamento construído pelo correntista com um determinado banco pudesse ser, sem burocracia ou custos, transferido automaticamente entre instituições financeiras. Na prática quem abrirá mão de 5, 10 ou 15 anos de relacionamento se ao mudar de banco começa da estaca zero? Ações nesse sentido foram pensadas, algumas até implementadas, mas pouca coisa prática aconteceu. Quando o setor tem de faturamento mais de R$ 40 bilhões só de tarifas, e ao mesmo tempo comporta-se como se fizesse um favor em abrir uma conta ou mantê-la, à medida que cobra tarifas para tudo, há no mínimo um indicativo que algo mais profundo deve ser feito. Efetivamente mexer nas tarifas como foi feito agora não garante em absoluto que o mercado será competitivo e em última instância favoreça de forma expressiva o elo fraco dessa relação: o correntista.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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