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Scot Consultoria

Quanto custa a corrupção ?


Segunda-feira, 2 de julho de 2007 - 16h03

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


A mídia vem dedicando um tempo cada vez mais crescente ao noticiário policial. Mesmo os jornalísticos que tratavam de vários temas de interesse geral, estão se rendendo aos fatos ligados a esse setor. Nesse contexto, a melhor “matéria-prima” disponível é a corrupção. Pessoas ligadas ao governo, são indiciadas por crimes contra o patrimônio público. Isso atinge todos os escalões. Mas afinal qual o custo da corrupção? Há estimativas apontando o preço da corrupção no Brasil gira em torno de 10 bilhões de reais ao ano. O equivalente a 0,5% do produto interno bruto, que é a medida da riqueza gerada no país. No mundo todo estima-se que há desvios na ordem de 1 trilhão de dólares. O que chama a atenção não é o valor em si, que é absurdamente elevado, mas sua cadeia de influência. Na prática, países que permitem o crescimento da corrupção, que possuem leis brandas, que protegem demasiadamente os chamados “amigos do rei”, não perdem somente o valor objetivo, mensurável, da corrupção, acabam afugentando investimentos do setor privado, capital esse que prefere investir em países mais rigorosos no combate a essa grande praga milenar. Legislação mais rigorosa, governantes mais éticos, sistema jurídico mais eficaz, participação efetiva da sociedade organizada, são algumas medidas mínimas para atacar o problema. Passou da hora de mudar esse estado de coisas, afinal, não é possível existir tantas necessidades da população, carente ao extremo, e na outra ponta o dinheiro saindo pelo “ladrão”, literalmente. Setores da sociedade organizada precisam estimular mudanças estruturais na condução das finanças públicas deste país. O que está em jogo vai além do valor em si, é uma questão de bem estar social.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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