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Etanol: não podemos virar quintal do mundo


Sexta-feira, 9 de março de 2007 - 16h50

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Se a humanidade pudesse eleger três prioridades para esse século poderíamos indicar: alimento, ecologia e energia. Gerar alimentos e atender a toda população mundial é mínimo que se pode almejar em pleno século 21. No tocante a questão ecológica, dado o aquecimento global, as discussões estão mais aguçadas e finalmente há um entendimento de que é preciso tratar o assunto na dimensão que se apresenta. Ambas indicam sobrevivência. Em relação a questão energética podemos indicar que complementa a preocupação ecológica. O mundo se deu conta que o modelo energético atual não atende um mínimo de preservação dos seres vivos. O petróleo é finito e extremamente poluente. Neste contexto o uso de energia alternativa, ecologicamente correta, se apresenta como excelente produto. Em particular o etanol é a bola da vez. O Brasil conquistou respeito internacional pelo avanço tecnológico na área e há uma internacionalização do setor. Empresas transnacionais estão adquirindo usinas já existentes ou construindo suas próprias usinas, já de olho no crescimento deste mercado. Mais de 22 países já misturam o álcool a gasolina. Apontamos dois grandes perigos em relação a esta prática: a instituição da monocultura no país e ainda a possibilidade de o Brasil se apresentar como quintal do mundo. Ao produzir o álcool em grande escala podemos acabar com as culturas agrícolas diversificadas, por outro lado a internacionalização forçaria o uso intensivo de nosso solo e ao mesmo tempo o descarte do lixo gerado em terras brasileiras, exportando o produto já processo. O Brasil pode ser a bola vez na perspectiva da mudança da malha energética, mas isto tem que ser feito com um mínimo de planejamento, lamentavelmente não é o que se observa.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é delegado do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
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