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Scot Consultoria

O velho e o novo na economia


Terça-feira, 3 de janeiro de 2006 - 13h03

Economista, especialista em engenharia econômica, mestre em comunicação com a dissertação “jornalismo econômico” e doutorando em economia.


Se, economicamente falando, o ano de 2005 tivesse que ser resumido em uma única palavra, em meu entendimento seria o ano da dualidade. De um lado a inflação caiu. Observem o IGP-M, fechou o ano em 1,21%, o menor índice de sua série histórica. Mesmo o índice oficial do governo, o IPCA, ficará em torno da meta fixada. As exportações, mesmo a um câmbio descalibrado, fecham o ano acima de US$117 bilhões, com superávit comercial na casa dos US$45 bilhões, com reservas cambiais na casa dos US$60 bilhões. Risco do país girando entre 300 e 350 pontos, bom parâmetro para os níveis brasileiros. Por outro lado a economia patinou. Cresceremos modestos 2,5% neste ano, enquanto a Argentina crescerá na casa dos 8%, o Chile e México acima de 5%. Se a geração de emprego foi a tônica do primeiro semestre, no segundo semestre a coisa se inverteu, e fecharemos o ano com desemprego médio em dois dígitos. O que é pior, sem melhoria substancial nos indicadores sociais. Temos ainda a corrupção que correu solta, a classe política se depreciando, enfim, um país efetivamente de contrastes. E é nesse cenário que começamos hoje, dia primeiro de janeiro, uma nova jornada. É a perspectiva do novo que suplantará esse velho na economia e em todo o resto. Se o país é dual, sua gente não o é. E é com essa gente vigorosa que faremos a diferença. Saiu velho ultrapassado, entra novo, promissor. Que tenhamos sabedoria para, baseado no passado, projetarmos melhores dias para o futuro.
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