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Oferta de gado para abate na indústria se manterá restrita revela levantamento realizado com associados da Assocon


Terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 - 09h52

Problemas envolvendo seca prolongada e queimadas em áreas de pastagem contribuíram para reduzir a oferta de boi gordo disponível para abate na indústria. A Associação Nacional dos Confinadores Assocon acaba de concluir o 3º Levantamento sobre Intenção de Confinamento para associados em 2010, realizado entre os dias 25 e 28 de outubro. Durante esses dias o departamento técnico da Assocon ouviu a opinião dos pecuaristas sobre vários aspectos relacionados a produção e o comércio da carne bovina no país, e o cenário revelado é de oferta restrita de bois para abate na indústria, com perspectiva de melhora apenas para os primeiros meses de 2011. A entidade que atualmente representa 64 confinamentos, em 10 estados brasileiros, manteve também sua projeção de queda para o rebanho confinado em 8,8%, situação que já tinha sido revelada no último levantamento divulgação em agosto. Em geral, os pecuaristas entrevistados revelaram que a quantidade de animais em terminação nos confinamentos está bastante reduzida este ano, em média 36,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo Bruno de Jesus Andrade, zootecnista da Assocon e responsável técnico pelo levantamento, um fator que não pode ser desconsiderado ao analisarmos a falta de animais para engorda este ano, é a menor produção de bezerros por falta de matrizes. “Alguns associados já iniciaram o processo de compra da reposição para o segundo turno, porém sem adquirir grandes volumes. Para muitos deles os preços do bezerro ainda estão elevados demais e, mesmo vendendo o boi gordo no atual patamar de preços de R$ 110,00 por arroba, a realização da reposição ainda está fraca”, destaca. Os associados Assocon que trabalham com sistemas de boitel e/ou parceria com terceiros para engorda do gado revelaram à pesquisa que o número de consultas feias para a ocupação de vagas dentro dos confinamentos tem sido bem maior do que a efetivação de negócios. Os motivos apontados por eles são basicamente dois: O custo elevado da diária dos animais que subiu acima da média registrada no primeiro semestre e a qualidade muito ruim do gado de reposição, que apesar disso tem se mantido super valorizado no mercado. A Assocon foi ouvir também a opinião da indústria frigorífica sobre a pouca oferta de gado para abate, e para isso conversou com alguns compradores de boi gordo situados em praças pecuárias importante do país. Para a indústria a retomada dos abates deve ocorrer apenas em meados de janeiro/fevereiro, isso se as chuvas começarem agora. Quando questionados sobre o valor de venda no balcão, os agentes sinalizaram que o poder de negociação e a qualidade do boi ofertado é que vão ditar o preço final da arroba paga ao produtor. Segundo Andrade, a oferta de gado está baixa e os frigoríficos estão trabalhando com ociosidade operacional elevada já há algum tempo, em alguns casos, com dificuldade para abater gado todos os dias. Esse problema tem gerado outras situações paralelas de pecuaristas que estão vendendo lotes pequenos e mal terminados. “Os lotes que não são confinados chegam para o abate com baixa qualidade de carcaça, além de muito leves e magros, situação que prejudica a indústria que tem dificuldade de cumprir contratos para exportação, principalmente de boi Europa (lista Traces)”, finaliza o especialista da Assocon. Fonte: ASSOCON. 10 de novembro de 2011.
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