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2011 marca retomada para exportador


Segunda-feira, 1 de novembro de 2010 - 09h33

O Brasil possui hoje aproximadamente 6,5 milhões de hectares cultivados com produtos orgânicos. Na Austrália, maior produtora, a área cultivada é de 11,3 milhões de hectares. Cerca de 70% da produção brasileira concentra-se nos Estados do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Em 2009, o país exportou 4,4 mil toneladas de orgânicos, volume que corresponde a US$ 3,6 milhões. A Associação dos Produtores e Processadores de Orgânicos do Brasil (BrasilBio), no entanto, acredita que os números podem ser bem maiores. Muitas empresas exportam produtos orgânicos que saem do país como convencionais, fazendo com que os números oficiais não representem a realidade. Para o Projeto Organics Brasil, o ano de 2011 promete marcar uma fase de recuperação das exportações de orgânicos brasileiros. As empresas esperam pelo menos repetir o faturamento registrado em 2008. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, naquele ano foram exportados US$ 12 milhões em produtos. Cerca de 60% da produção tem como destino principalmente os Estados Unidos e a União Europeia, onde os consumidores podem pagar mais caro por uma mercadoria de qualidade, internacionalmente certificada (Apex). Os principais produtos comercializados são: soja, café, açúcar, castanha de caju, suco concentrado de laranja, óleo de palma, chocolate em pó e carne. Em volumes menores, frutas, peixes, mel, barras de cereais, fécula de mandioca, feijão azuki, gergelim, especiarias (cravo da índia, canela, pimenta do reino e guaraná) e óleos essenciais. O Projeto Organics Brasil realiza esclarecimentos para que seus associados tentem investir em artigos mais industrializados, como forma de ganhar valor agregado. Somente a partir de 2006, o Brasil passou a ter estatísticas mais confiáveis sobre exportações de produtos orgânicos. Naquele ano, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicou uma resolução estabelecendo uma classificação especial para produtos orgânicos dentro do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). O sistema de distribuição dos alimentos orgânicos varia muito de acordo com o país. Nos Estados Unidos, por exemplo, a maior parte das vendas é realizada em pequenos estabelecimentos, mostrando que o consumidor de alimento orgânico procura canais de vendas com uma relação mais próxima da produção. No Brasil é diferente. Cerca de 70% dos produtos são vendidos em supermercados. Outra alternativa são as feiras, organizadas em sua grande parte por associações de produtores, nas quais é possível comprar diretamente dos pequenos agricultores. Essa prática favorece tanto consumidores quanto produtores, acredita Araci Kamiyama, da Associação de Agricultura Orgânica (AAO), a primeira associação de agricultura orgânica, existente no país desde 1989. A entidade organiza a feira orgânica no Parque da Água Branca, em São Paulo, uma das primeiras do gênero. Fonte. Valor Econômico. Por Ana Claudia Landi. 29 de outubro de 2010
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