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Scot Consultoria

USDA: importação de frango da China tende a aumentar perto de 50%


Quarta-feira, 23 de março de 2016 - 05h30

Revendo projeções divulgadas há menos de seis meses (outubro de 2015), o Departamento de Agricultura dos EUA indica que a produção chinesa de carne de frango de 2016 corre o risco de recuar ao menor nível dos últimos seis anos, o que, por sua vez, pode aumentar em quase 50,0% as importações do produto. Tudo como resultado da Influenza Aviária.


Já prevendo problemas de produção, na previsão anterior o USDA sinalizou que, no corrente exercício, a produção de carne de frango da China aumentaria não mais do que 0,5% em relação a 2015, ficando em apenas 13,10 milhões de toneladas.


Na nova previsão, de fevereiro passado, os números preliminares de 2015 também foram revistos. E a produção estimada, alterada para cima, chegou aos 13,40 milhões de toneladas. A alteração maior, entretanto, recai sobre o previsto para 2016, agora 3,0% menor que o apontado em outubro – o que significa volume em torno de 12,70 milhões de toneladas.


Abaixo disso, só os 12,55 milhões de toneladas produzidos em 2010. E a causa – indireta, ressalte-se – é, de acordo com o USDA, a reação do governo chinês aos episódios de Influenza Aviária ocorridos em 2015 não só nos EUA, mas também na União Europeia. Ou, mais especificamente neste caso, na França.


Explicando: ao embargar totalmente os produtos avícolas dos EUA e da França após o registro de casos da Influenza Aviária, o governo chinês vetou, também, a entrada de novos reprodutores, 90,0% dos quais de origem norte-americana. E a falta deles é que faz com que agora a produção retroceda – apesar de as empresas avícolas chinesas virem estendendo a vida útil dos lotes ou efetuando muda-forçada.


Segundo o USDA, a importação de reprodutores pela China recuou de 1,17 milhão de cabeças em 2014 para pouco mais de 690,00 mil cabeças em 2015 – redução de mais de 40,0%. E a situação só não piora ainda mais porque os híbridos importados atendem não mais do que 55,0% do mercado de carne de frango da China. Ou seja: os restantes 45,0% são abastecidos por linhagens nativas.


Para minimizar a queda na produção, a China deve aumentar suas importações de carne de frango. Que, nas estimativas do USDA, devem subir de 270,00 mil toneladas (2015) para 400,00 mil toneladas. Assim, o incremento de 4,0% apontado na previsão de outubro/15 sobe, na projeção mais recente, para 48,0%. Ou para quase 54,0% se consideradas as diferenças entre as duas previsões. E tudo isso sem levar em conta, ainda, as importações chinesas de pés/patas de frango, que o USDA desconsidera em suas previsões.


O Brasil tende a ser o principal beneficiário desse aumento. Aliás, parece que essa contingência explica o fato de, no primeiro bimestre de 2016, as exportações brasileiras de carne de frango para a China terem aumentado representativos 33,0%, sendo acompanhados por um aumento de receita cambial de 12,0%.


Pequeno detalhe final: considerada a produção chinesa apontada pelo USDA para 2015, o Brasil permanece como terceiro produtor mundial. Mas com renovada esperança de tornar-se o primeiro em 2016.


Fonte: Avisite. 22 de março de 2016.



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