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Scot Consultoria

Inflação dos produtos agrícolas no atacado atinge 19% em 12 meses


Sexta-feira, 18 de março de 2016 - 05h30

O IGP-10, que compara os preços médios do dia 11 de um mês ao dia 10 do mês seguinte, em relação a igual período anterior, indicou alta de 1,78% em março.


No período imediatamente anterior, a alta havia sido de 2,72%, conforme dados da Fundação Getúlio Vargas.


Mas, apesar da recessão da economia brasileira e do período de safra para vários produtos, a inflação dos alimentos continua acelerada.


Os preços médios dos produtos agropecuários praticados no mercado atacadista acumulam alta média de 19% em 12 meses. E parte dessa elevação ainda não foi repassada para o consumidor final.


Essa alta ocorre porque o mercado agropecuário traz para dentro do país a pressão das exportações. A boa procura pelos produtos brasileiros e a desvalorização do real inflaram os preços internos.


O açúcar, por exemplo, tem alta de 51% nos últimos 12 meses, conforme acompanhamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).


O cenário de exportação melhora com o retorno de déficit mundial. O consumo vai superar a oferta de produto.


Os grãos, liderados pelo milho, também mantêm forte aceleração de preços. Nos últimos 12 meses, o cereal - que vem obtendo recordes de exportações - subiu 64% internamente.


Já a evolução das carnes tem ritmo menor. O frango congelado subiu 12%; e o boi, 7%.


A carne suína, um dos poucos produtos com queda no período, recuou 11%, segundo o Cepea.


A evolução de 19% em 12 meses dos produtos agropecuários mostra a distância desses produtos em relação aos demais. Os industriais subiram 11% no período, enquanto a inflação média do IPA (Índice de Preços por Atacado) foi de 13%.


Milho, cana e leite continuam pressionando o índice, embora em ritmo menor neste mês.


O milho, após ter subido 20% em fevereiro, atinge alta de 6% nos últimos 30 dias até o dia 10, segundo a FGV.


Entre os produtos que ajudam a segurar a taxa média de inflação no atacado, estão soja e suínos. Enquanto a leguminosa acumula queda de 6% em 30 dias, a carne suína recuou 9%.


Fonte: Folha de São Paulo. 17 de março de 2016. 



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