Qualquer redução no crescimento da China afeta o Brasil, afirma ABAG

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, afirmou que a queda das bolsas asiáticas, em especial a da China, pode afetar o agronegócio nacional em longo prazo. "Qualquer ponto porcentual (a menos no crescimento) da China afeta o Brasil, que é um grande exportador de commodities", disse Carvalho, durante o 5º Congresso Brasileiro de Fertilizantes, em São Paulo.

Antes do início do congresso, alguns participantes comentavam o anúncio feito dia 24/8 pela presidente Dilma Rousseff de reduzir em 10 o número de ministérios do governo.

Carvalho disse que esta é uma demanda antiga do setor. "Há anos demandamos uma melhor coordenação dos ministérios e um enxugamento do governo", declarou.

Esta redução em número, contudo, não deve se traduzir em mais recursos para a pasta da Agricultura, na percepção de Carvalho. "No próximo ano, será cobertor curto", disse, referindo-se a escassez de recursos de forma geral.

Ele comentou ainda que os produtores rurais têm tido dificuldade em acessar crédito nos bancos, tema da reunião que a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, terá nesta terça-feira (25/8) com representantes do setor. "Não sei mensurar se o dinheiro não chegou aos bancos. O que sabemos é que os produtores estão tendo dificuldades para acessá-lo."

Fonte: Estadão Conteúdo. 25 de agosto de 2015.