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Taxa de desemprego sobe a 8,0% no trimestre encerrado em abril


Sexta-feira, 5 de junho de 2015 - 08h17

A taxa de desemprego do Brasil subiu a 8,0% no trimestre encerrado em abril, com o mercado de trabalho marcado pela forte procura por emprego, corte de vagas e queda na renda, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.


O dado divulgado nesta quarta-feira (3/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou 0,1 ponto percentual acima da taxa registrada no primeiro trimestre, e é o maior patamar da série iniciada em 2012 para o trimestre encerrado em abril.


No mesmo período de 2014 a taxa de desemprego havia ficado em 7,1%, e o resultado divulgado nesta quarta-feira (3/6) também foi pior do que o registrado no trimestre encerrado em janeiro -- que corresponde aos três meses imediatamente anteriores ao período anunciado --, de 6,8%.


"A gente já inicia o segundo trimestre do ano (pior) e intensificando o movimento de aumento da desocupação e de queda da ocupação", resumiu o coordenador do IBGE Cimar Azeredo. "Muitas pessoas estavam estudando e se qualificando até o ano passado. Mas com o poder de compra em queda, mais jovens e mais idosos estão voltando ao mercado de trabalho para compor renda familiar."


Segundo os dados da Pnad Contínua Mensal, no trimestre até abril o número de desocupados, que inclui aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, teve alta de 18,7% ante os três meses encerrados em janeiro, atingindo 8,03 milhões de pessoas.


"Não dá para dizer que o que se vê é apenas dispensa de temporários, tem mais pessoas procurando trabalho do que em períodos anteriores. Isso é reflexo do que aconteceu no PIB. Se você não produz, não gera trabalho e não há vagas", destacou Azeredo. No primeiro trimestre, a economia brasileira encolheu 0,2% ante os últimos três meses do ano passado.


Por sua vez, a população ocupada registrou queda de 0,6% nos três meses até abril, para 92,179 milhões. O IBGE usa a comparação com o trimestre imediatamente anterior ao período anunciado para evitar repetição de dados relativos aos meses anteriores.


Os setores que mais demitiram no período em comparação com o trimestre encerrado em janeiro foram construção, com corte de -288 mil vagas, e comércio, com redução de -176 mil postos de trabalho.


Já o nível de ocupação, que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, caiu a 56,3% nos três meses até abril, ante 56,7% no trimestre até janeiro.


O IBGE informou ainda que o rendimento real dos trabalhadores recuou 0,5% na comparação entre os dois períodos, para 1,855 mil reais. Também caiu 0,4% em relação a igual período do ano passado.


A PNAD Contínua tem abrangência nacional e o objetivo é que substitua a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que leva em consideração dados apurados apenas em seis regiões metropolitanas do país. No último dado disponível da PME, o desemprego chegou em abril ao maior nível em quase quatro anos, de 6,4%.


O mercado de trabalho vem desde o início do ano apresentando esgotamento, sucumbindo à fragilidade da economia, num quadro de inflação alta, juros elevados e aperto fiscal em curso, com contração econômica.


Em abril, o Brasil fechou 97.827 vagas formais de trabalho, pior resultado para o mês na série histórica, segundo dados do Ministério do Trabalho.


Fonte: Reuters. 3 de junho 2015.



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