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Agrishow deve registrar queda de pelo menos 30% nos negócios em 2015


Segunda-feira, 4 de maio de 2015 - 08h44

Tida como "termômetro" do agronegócio, a Agrishow deve registrar em 2015 uma queda de pelo menos 30% no volume de negócios, de acordo com o que disse o presidente do evento, Fábio Meirelles, durante coletiva de imprensa de encerramento da feira de máquinas e tecnologias agrícolas de Ribeirão Preto (SP). Esta é a primeira vez que uma edição da Agrishow registra queda em relação à edição anterior.


Segundo Meirelles, o pessimismo que rondou a feira tem base nas incertezas políticas e econômicas do governo de Dilma Rousseff. "Pela primeira vez em 22 edições, a maior feira da América Latina estima queda no volume. De acordo com as entidades realizadoras, a alta dos juros e as incertezas políticas e econômicas que ocorrem no país foram as responsáveis pela grande queda no volume de negócios. Ninguém quer arriscar mais do que é suportável para manter o serviço e sobreviver", analisou o presidente da Agrishow.


Para contornar esse cenário que deve durar todo o ano de 2015, o executivo diz que o Plano Safra é a única esperança do setor para a retomada do interesse dos investidores em tecnologia. "Nós temos uma importante expectativa, é a única que temos, que é o anúncio do Plano Safra que vem aí. Esperamos que corrijam os erros que vêm cometendo com a política, afetando todos os setores econômicos nacionais", diz Fábio Meirelles. Segundo ele, há uma seriedade no pronunciamento  e, por isso, a organização manda o recado para o governo de forma aberta, para destacar a necessidade do setor de tecnologia.


Para Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq, a feira foi completa e ofereceu cenário favorável para investimentos. "Criamos condições favoráveis para os negócios: números de expositores, visitantes. Mas tivemos queda muito importante, principalmente o aumento de juros no financiamento de investimentos do setor agrícola, principalmente no Moderfrota. Foi a primeira vez que no meio do Plano Safra foi anunciada uma mudança nas taxas de juros. Só isso já ampliou uma insegurança nos produtores, no que será anunciado no Plano Safra da safra 2015/2016. Incertezas dos investidores que lotaram a feira mas não compraram nada".


O receio dos produtores em comprar maquinário mais moderno pode afetar o futuro do agronegócio brasileiro em breve. Com menos tecnologia no campo, Francisco Matturro, vice-presidente da Abag, prevê queda na produtividade. "Se o produtor para de investir em tecnologia que aumenta produtividade, ela deve cair em algum momento", disse.


Fonte: Globo Rural. Por Teresa Raquel Bastos. 1 de maio de 2015.



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