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Scot Consultoria

Com 30% de ociosidade, frigoríficos do Rio Grande do Sul temem agravamento de crise


Sexta-feira, 27 de março de 2015 - 08h20

O Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Rio Grande do Sul (Sicadergs) teme que o aperto na fiscalização de unidades de abate de bovinos tenha um impacto negativo sobre o setor.


"Fizemos uma reunião na quinta-feira (26/3) (com representantes da cadeia) para que as empresas busquem individualmente verificar em sua estrutura operacional situações que precisariam ser corrigidas, para assim evitar uma crise maior. Já estamos num momento delicado no Rio Grande do Sul, trabalhando com ociosidade e com dificuldade até de manutenção (das unidades). Esta é mais uma situação que se coloca pra nós, mais um encargo", afirmou o presidente da entidade, Ronei Lauxen.


Recentemente, uma ação conjunta do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) interditou o frigorífico Silva, de Santa Maria, que abate cerca de 700 animais por dia. Segundo Lauxen, a indústria de abate de bovinos opera com cerca de 30% de ociosidade hoje no RS, devido à falta de matéria-prima - a situação já levou a Marfrig a anunciar o fechamento de sua fábrica em Alegrete, iniciativa que foi revertida após intervenção judicial e negociação com os sindicatos. "Estamos com diversas plantas com dificuldade de se manter, com o nível de abate abaixo de sua capacidade", afirmou, acrescentando que a inflação de alimentos contribui para o quadro desfavorável.


"Os preços, que estão elevados no Brasil, têm dado um indício de queda de consumo (de carne), inclusive motivado pelas questões econômicas de um modo geral", falou.


Ele lembra que, embora a valorização do câmbio seja positiva para as empresas exportadoras, o Rio Grande do Sul não se beneficia tanto desta condição porque as indústrias do Estado estão mais direcionadas ao mercado interno. Diante deste cenário, o Sicadergs prevê estabilidade para o setor este ano no Rio Grande do Sul, mantendo o volume de abate de 170 mil cabeças de gado por mês. "Não esperamos crescimento", resumiu.


Fonte: Estadão Conteúdo. 26 de março de 2015.



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