O Porto de Paranaguá já sofre os efeitos dos bloqueios efetuados por caminhoneiros e transportadores nas rodovias do país, em protesto contra o aumento do preço do diesel e as tarifas de frete abaixo dos custos de transporte. A mobilização começou na última quinta-feira (19/2).
Em comunicado, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA) relatou preocupação quanto ao escoamento da safra de verão 2014/15.
A soja está sendo colhida no Brasil e encaminhada para exportação. "A APPA está se preparando para o momento em que ocorrerem os desbloqueios das estradas, pois haverá um acúmulo dos veículos parados para descarregamento em Paranaguá", disse a administração, na nota.
Em 2014, o porto respondeu por 16,0% da movimentação de soja em grão para fora do país, conforme dados da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove).
Os efeitos da paralisação dos caminhoneiros não se limitam à soja. Segundo a assessoria de comunicação da APPA, a previsão era de chegada de 900 caminhões ao porto na terça-feira, (24/2), mas apenas 45 estavam no pátio de triagem, onde os veículos estacionam e aguardam a chamada para descarregar, no início da tarde de 24/2.
Além disso, 1,56 mil caminhões estavam programados para carregar em suas origens, mas cancelaram as senhas que haviam requisitado e não se deslocaram para o porto. Outros 880 caminhões estavam a caminho de Paranaguá, mas não se sabe se os motoristas optaram ou não por se juntar à paralisação.
Conforme a Appa, a greve está implicando em um volume mais baixo de cargas descarregadas no Porto de Paranaguá pelo modal rodoviário. "A falta de caminhões para descarregamento de cargas está afetando a programação dos navios e apenas 10,0% da carga programada para ser carregada nesta terça-feira encontra-se no porto".
Fonte: Estadão Conteúdo. 24 de fevereiro de 2015.
Agro Num Instante - Temporada 2 - Episódio 38 - A soja e a China
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