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Scot Consultoria

USDA revisa produção de soja para cima e a de milho para baixo


Terça-feira, 13 de janeiro de 2015 - 08h51

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima sua projeção para a safra 2014/15 de soja do país. No relatório mensal de oferta e demanda, divulgado na segunda-feira (12/1), o cálculo passou para 108,01 milhões de toneladas. O relatório anterior apontava uma produção de 107,73 milhões de toneladas.


O governo norte-americano ajustou ainda suas expectativas para a demanda pelo grão. A estimativa de consumo doméstico passou de 51,57 para 51,60 milhões de toneladas. Já a demanda externa passou de 47,90 milhões para 48,17 milhões de toneladas.  E os estoques finais do país foram mantidos em 11,16 milhões de toneladas.


"O preço médio projetado para o ciclo 2014/15 está entre US$9,45 e US$10,45 por bushel", informa o relatório do USDA.


Em escala global, a safra de soja deve chegar a 314,37 milhões de toneladas. No relatório divulgado em dezembro, a projeção era de 312,81 milhões de toneladas. "A projeção é 1,60 milhão de toneladas maior com ganhos no Brasil e nos Estados Unidos. Para o Brasil, é estimado um novo recorde", diz o USDA.


O cálculo para a safra brasileira, cuja colheita está em fase inicial em algumas regiões, foi revisado de 94,0 milhões para 95,5 milhões de toneladas. As estimativas para a demanda foram mantidas em 40,75 milhões de toneladas internamente e em 46,0 milhões de toneladas por outros mercados. Os estoques finais passaram de 24,38 milhões para 25,83 milhões de toneladas.


Milho


O USDA revisou para baixo a expectativa para a produção local e global do cereal. De acordo com o governo dos Estados Unidos, a safra do país é de 361,09 milhões de toneladas (365,97 em dezembro). Em todo o mundo, o volume de milho no ciclo 2014/15 deve chegar a 988,08 milhões de toneladas.


O cálculo dos estoques finais de milho também foi revisado para baixo. Em nível global, a estimativa caiu de 190,20 milhões para 189,15 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, a sobra deve ser de 47,69 milhões (50,75 milhões no relatório de dezembro).


A estimativa para a safra de milho da Argentina foi mantida em 22,0 milhões de toneladas e a do Brasil em 75,0 milhões.


Trigo


No quadro do trigo, o USDA fez ajustes mínimos. A principal alteração está no número de consumo do grão nos Estados Unidos, que caiu a 32,2 milhões de toneladas - 870,0 mil toneladas abaixo da projeção de dezembro (33,09 milhões de toneladas). Com safra recorde e preços mais baixos que os do cereal usado na fabricação do pão, as indústrias de ração devem optar pelo milho.


Isso fez os estoques internos do trigo subirem 840,0 mil toneladas no mês, indo para 17,45 milhões de toneladas. Em contrapartida, os preços médios previstos pelo órgão para a temporada foram revisados US$0,10 por bushel acima tanto no mínimo quanto no máximo. Com isso, o USDA aposta em cotações entre US$5,90 a US$6,30 por bushel.


Efeito nas cotações


Com os novos números de safra, as cotações da soja devolveram os ganhos registrados na semana passada e voltaram ao patamar de US$10,20 na Bolsa de Chicago. O pregão iniciou os trabalhos com preços acima de US$10,40 por bushel. Os números referentes aos estoques físicos norte-americanos limitou a queda. Segundo o USDA, em 1º de dezembro, as reservas do país estavam em 68,6 milhões de toneladas. O mercado esperava que o USDA ajustaria a projeção para algo em torno de 71,0 milhões de toneladas.


No caso do milho, ocorreu o inverso. A estimativa mais recente apontou estoques de 284,5 milhões de toneladas, frente a uma expectativa de 283,4 milhões de toneladas. Como houve corte de produtividade e na colheita do grão, as cotações saíram do campo negativo e passaram a trabalhar em alta no encerramento do pregão.


Fonte: Globo Rural. Por Cassiano Ribeiro e Raphael Salomão. 12 de janeiro de 2015.



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