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Moagem de cana cresce 25,7% na 1ª quinzena de outubro ante 2013


Terça-feira, 28 de outubro de 2014 - 09h00

A moagem de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do país alcançou 39,34 milhões de toneladas na primeira quinzena de outubro, crescimento de 25,7% em relação à mesma quinzena do ano passado. No acumulado da safra 2014/15, o volume processado de cana totalizou 480,78 milhões de toneladas, alta de apenas 1,5% em comparação com o mesmo período de 2013.


Para Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), "a persistência do clima seco tem facilitado a operacionalização da colheita em diversas regiões".


Segundo ele, chama a atenção, contudo, que a menor produtividade agrícola e esse avanço da moagem têm antecipado o término da safra em diversas unidades. Até o fim dos primeiros quinze dias do mês, 22 usinas encerraram a safra atual, número bem superior à mesma data no ano passado, quando seis plantas tinham finalizado suas atividades. O processamento dessas 22 unidades que já encerraram sua safra foi 23,0% mais baixo do que o registrado ano passado.


A produtividade dos canaviais do Centro-Sul foi, em setembro, de 69,30 toneladas por hectare, informa o levantamento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Em 2013, na mesma época, a produtividade era de 75,40 toneladas por hectare.


No acumulado do ano-safra, o rendimento foi atingiu 76,30 toneladas a cada hectare, baixa de 7,2% em relação ao ano-safra anterior. Rodrigues afirmou que "os números preliminares de outubro mostram que a quebra agrícola deve ser ampliada em São Paulo nas próximas quinzenas. Esse cenário já foi contemplado na revisão publicada há dois meses pela UNICA, que não pretende divulgar nova estimativa até o final da atual safra".


Açúcar e etanol


A proporção de matéria-prima destinada à fabricação de açúcar na primeira quinzena de outubro fechou em 43,3%, nível abaixo dos 46,3% registrados na mesma data da safra anterior. Segundo Rodrigues, três fatores principais explicam o caso: as unidades que encerraram a safra priorizaram a produção de açúcar nessa quinzena para o atendimento de contratos já estabelecidos; o preço do etanol ao produtor caiu nas últimas semanas, reduzindo a atratividade do produto; e algumas unidades apresentaram restrição física para maior armazenamento de etanol.


A produção da commodity totalizou 2,37 milhões de toneladas nos primeiros quinze dias do mês. Já a fabricação do combustível alcançou 1,91 bilhão de litros, sendo 780,21 milhões de anidro e 1,13 bilhão de hidratado.


As vendas de etanol no período somaram 1,05 bilhão de litros. 33 milhões foram exportados e 1,01 bilhão foi destinado ao mercado interno. De abril a outubro, a comercialização do combustível totalizou 13,11 bilhões de litros.


"Apesar da quebra de safra prevista para esse ano, o volume de etanol vendido ao mercado doméstico é idêntico aquele verificado na mesma data do ano passado, fruto da queda das exportações do produto e do mix de produção mais alcooleiro verificado até o momento", explicou o diretor da UNICA.


Para ele, "as vendas de etanol hidratado devem crescer nas próximas quinzenas, pois a redução de preço observada no produtor deve se refletir no valor de bomba do produto nos próximos dias"..


Fonte: Globo Rural. 27 de outubro de 2014.



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