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Scot Consultoria

Suinocultores vivem melhor momento para o setor desde 2011


Quinta-feira, 7 de agosto de 2014 - 17h39

Os produtores de suínos estão comemorando a melhora dos preços da carne. A demanda está tão grande que não está dando tempo dos animais atingirem o peso ideal para o abate. Desde 2011 passando por dificuldades, este pode ser considerado o melhor momento do setor. A boa notícia é que o mercado deve se manter ajustado até a virada para 2015.


Foram dois anos enfrentando problemas numa das piores crises da suinocultura. Embargo da Rússia, queda nas exportações, maior oferta no mercado interno e preços baixos. Combinação desastrosa que afastou muita gente da atividade. Agora, enfim, as notícias são positivas.


- É o melhor momento da suinocultura. Depois da crise, que foi uma das piores, este acaba sendo um momento muito favorável pra suinocultura paulista - diz a administradora da fazenda Marcia Regina Cordeiro.


A demanda cresceu, tanto para exportação, quanto no mercado interno. A oferta está menor do que a procura e o preço subiu. Em Monte Alegre do Sul, a 120km de São Paulo (SP), a arroba que era vendida a R$68,00 está sendo comercializada a R$75,00, alta de 10,0%.


- Muitas granjas fecharam as portas em função da crise, e também, porque na época a gente não vendia animais. Hoje, com as exportações e problemas da China e Estados Unidos, o Brasil está sendo muito procurado para o mercado externo - explica Marcia.


Com a demanda aquecida, animais que deveriam ter entre 100 e 105kg para o abate, estão sendo terminados com 90kg. É quase uma arroba a menos por animal.


- O pessoal da indústria, que negocia suíno no mercado independente, tem encontrado bastante dificuldade de encontrar animais terminados, por conta do calor do início do ano, que diminuiu a produtividade das matrizes. Então, aquele calor fez com que menos leitões fossem produzidos, e isto a gente vem sentindo agora no mercado - comenta o analista do CEPEA Augusto Maia.


Os custos com a ração também vem favorecendo os suinocultores.


- Antes, a relação do milho estava muito complicada, os grãos estavam muito altos. A relação ideal é que 1Kg de suíno deveria comprar 9,5Kg de milho. Hoje, este mesmo quilo de suíno está comprando 10Kg de milho. Uma relação muito boa! - demonstra Marcia.


O milho e o farelo são os dois principais insumos usados na alimentação, boa parte dos custos de produção estão atrelados a eles, e o preço mais baixo do milho e do farelo faz com que o produtor tenha mais de tempo hábil.


- Isto pode fazer com que a oferta dos animais, que já está escassa, possa ficar mais regulada porque o produtor vai ter este poder de segurar este animal na granja - ensina Maia.


Fonte: Rural BR. 6 de agosto de 2014.



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