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Criadores do MS contam os prejuízos com a morte de gado por hipotermia


Quinta-feira, 31 de julho de 2014 - 09h22

A frente fria que atingiu Mato Grosso do Sul no último final de semana (26/7) causou morte de rebanho bovino, gerando prejuízos que ainda estão sendo contabilizados pelos produtores da região do Pantanal sul-mato-grossense. Segundo contagem da IAGRO - Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, já são 370 cabeças de gado mortas por hipotermia - efeito gerado pela queda brusca de temperatura - somente em Coxim, mas levantamentos preliminares dos produtores e do sindicato rural do município apontam que o número das perdas se aproxima de mil cabeças.


De acordo com presidente do Sindicato, Terezinha Cândido Silva, os animais daquela região estão acostumados com temperaturas acima de 30ºC e as mortes começaram na madrugada de sexta-feira (25/7), quando a temperatura mínima registrada foi de 13,4ºC, segundo CEMTEC - Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de MS.


De acordo com a meteorologista do CEMTEC, Cátia Braga, quatro dias antes de iniciarem as mortes do gado, Coxim chegou a registrar temperatura máxima de 34°C e no dia das ocorrências a máxima não passou de 15°C. "A queda brusca foi atípica em Coxim. Nas fazendas, as sensações térmicas são ainda menores que a registrada na cidade", salientou Cátia.


Segundo o médico veterinário da FAMASUL - Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Horácio Tinoco, apesar das temperaturas mínimas registradas não serem muito baixas, a queda brusca desestabiliza a saúde do animal. "Naquela região de clima quente, os animais não estão acostumados com o conjunto formado por alta umidade, frio, chuvas e ventos. Estes fenômenos podem mudar o parâmetro fisiológico do gado, alterando batimentos cardíacos e pressão arterial", afirma Tinoco. "Se essas ocorrências estiverem ligadas a alguma restrição alimentar, podem prejudicar a produção de energia do animal e causar morte por hipotermia", destaca o veterinário.


Terezinha descarta a possibilidade das mortes terem sido causadas por outras doenças. "Constatamos que as propriedades que registraram morte do gado, possuem um rigoroso controle sanitário, com todas as vacinas em dia", finalizou. A orientação do Sindicato Rural de Coxim é para que os veterinários particulares de cada propriedade façam o registro de mortes de gado e encaminhe para a IAGRO, para que saldo de perda de reses seja atualizado.


Fonte: FAMASUL. 30 de julho de 2014.



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