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Estudo apoia zona livre de peste suína clássica


Terça-feira, 22 de julho de 2014 - 09h07

Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Embrapa e veterinários de serviços estaduais se reuniram ao longo de um ano com o objetivo de traçar um plano de vigilância para suínos asselvajados (cruzamento do javali europeu com o porco doméstico). Neste contexto, foi desenvolvido um plano de contingência da peste suína clássica nessas populações. É com base neste trabalho que o governo brasileiro vai pedir à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) a classificação como zona livre da doença.


Em janeiro de 2013 o IBAMA liberou o abate para controle populacional desses animais, e o grupo trabalhou numa proposta para normatização para trânsito de carcaça de animais abatidos, que ainda será discutida com outros setores do MAPA.


O resultado do trabalho foi apresentado na última sexta, dia 18/7, na Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do MAPA, e segundo a coordenadora geral de Combate às Doenças, Denise Euclydes, o estudo subsidiará o pleito a ser apresentado ainda este ano à OIE, buscando o reconhecimento internacional dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina como zona livre de peste suína clássica.


- Com este trabalho apresentado pelos colegas teremos condições de mostrar para OIE que nós conhecemos a dinâmica dessa população de javalis e que possuímos um sistema de vigilância eficaz, de modo que se houver um episódio da doença nessa população, não colocará em risco a população suína comercial, pois estaremos preparados para atuar rapidamente - destaca.


A veterinária e pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Virgínia Santiago Silva, comentou que o trabalho realizado pela equipe foi muito produtivo.


- Foi um grande desafio, mas atuamos com um grupo comprometido e capacitado para garantir hoje que a situação sanitária do Brasil se torne mais consistente com os procedimentos adotados - afirma.


Javali europeu


É uma das mais conhecidas espécies de porcos selvagens e um animal exótico à fauna brasileira. Foi introduzido no país para exploração comercial, mas não se desenvolveu, resultando na soltura dos animais, que nos ambientes naturais tornaram-se asselvajados.


Estes animais ao cruzarem com o suíno doméstico se disseminam pelo território nacional e em vida livre são considerados nocivos às espécies silvestres nativas, ao meio ambiente, à agricultura e à pecuária. São animais de grandes dimensões, podendo o macho pesar entre 130 e 250 quilos e as fêmeas entre 80 e 130 quilos. Medem entre 125 e 180 centímetros de comprimento.


Fonte: MAPA. 21 de julho de 2014.



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