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Produtores de cana-de-açúcar reduzem investimentos devido à instabilidade do setor


Sexta-feira, 2 de maio de 2014 - 09h11

O balcão de negócios da Agrishow 2014 é movimentado do primeiro ao último dia de feira. Este ano não está diferente, mas mesmo assim as vendas no mercado interno brasileiro estão menores do que no ano passado. Uma das explicações é que 2013 foi um ano excepcional, por isto a queda já era esperada pelo setor.


O setor sucroalcooleiro é um exemplo de retração, já que passou por uma mudança de planejamento no fim do ano passado.


- Nós vimos uma retração do mercado, uma queda neste primeiro trimestre em relação ao ano passado, mas é importante dizer que o ano passado foi um ano de vendas recordes por conta da necessidade do produtor de se adequar à mecanização e à facilidade de crédito. Este ano está diferente, o produtor está tendo mais dificuldade para conseguir o crédito, os custos de produção estão altos - explica o gerente de marketing, Marco Antônio Gobesso.


Diferente dos outros anos, em que os produtores de cana-de-açúcar fechavam os pedidos e se preparavam para o início da safra no final do ano anterior, este ano foi necessário tomar as decisões um pouco mais tarde. A justificativa é o contexto de insegurança vivido pelo setor.


Outra razão para a queda está na dificuldade de obter financiamento pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que representa pelo menos 80,0% das vendas de grande parte das empresas. O setor reclama da morosidade de liberação do crédito, que antes saía em 45 dias e agora está demorando quatro meses.


Paulo Beraldi, diretor comercial de uma das empresas com stand na Agrishow, conta que cerca de 90,0% das vendas são feitas através do Financiamento de Máquinas e Equipamentos (FINAME) e que, neste momento, as dificuldades em relação ao processo burocrático fizeram as vendas caírem em relação ao primeiro trimestre do ano passado.


- Nosso mercado caiu 21,0% em tratores, para cana caiu um pouquinho mais, caiu 25,0% - relata Beraldi.


Com dificuldades para liberação do crédito e queda de rentabilidade, o caminho das empresas está sendo apostar em equipamentos que reduzam os custos do produtor e das usinas.


- O único meio das usinas conseguirem recuperar a rentabilidade é através de redução de custo nas operações - diz o gerente de marketing, Roberto Biasotto.


Fonte: Canal Rural. 1 de maio de 2014.



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