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Governo chinês aprova três variedades de soja brasileira geneticamente modificada


Quarta-feira, 12 de junho de 2013 - 08h28

O governo chinês aprovou a entrada no país de três variedades de soja brasileira geneticamente modificada, conforme informou na segunda, dia 10, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, que está em visita oficial à China. Ele participou no domingo (9/6), em Beijing, do Foro China - América Latina e Caribe de Ministros da Agricultura.


A aprovação das variedades de soja Intacta RR2 PRO, CV127 e Liberty Link, que têm a propriedade de supressão de lagartas que causam muitos danos às lavouras de soja no Brasil, foi comunicada a Andrade pelo ministro da Agricultura da China, Han Changfu, durante encontro bilateral.


O ministro brasileiro, que fez o pedido da liberação, agradeceu a decisão das autoridades locais e aproveitou para esclarecer ao seu colega chinês que a agricultura tropical é mais sujeita ao ataque de pragas e ervas daninhas, e por essa razão é mais dependente da contínua introdução de novas tecnologias.


Antônio Andrade lembrou, ainda, que a aprovação torna-se ainda mais significativa em função da propagação da lagarta Helicoverpa armigera em vários estados do Brasil. Conforme o ministro, as novas sementes aprovadas pelo governo chinês já tinham seu uso autorizado no Brasil e em outros mercados, mas os produtores de soja e as empresas detentoras da tecnologia estavam aguardando a aprovação chinesa, pelo fato de a China ser o principal mercado comprador da soja brasileira.


Em abril de 2013, o Brasil exportou 7,15 milhões de toneladas de soja em grãos, equivalente a US$3,80 bilhões. Deste total, 5,60 milhões de toneladas (US$2,97 bilhões) tiveram a China como destino.


- Essa decisão era ansiosamente aguardada pelos sojicultores brasileiros, visto que as empresas têm poucas semanas para embalar e distribuir o produto, a tempo do plantio da nova safra - destacou Andrade.


O ministro propôs ainda a Han Changfu o aumento da cooperação entre a Embrapa e a Academia de Ciências Agrárias da China no campo da biotecnologia e falou sobre as oportunidades de investimento para empresas chinesas nas novas fronteiras agrícolas do Brasil, principalmente em Mato Grosso e na região conhecida como Mapitoba.


A região traz novas opções de escoamento da produção no sentido norte, por hidrovias e ferrovias, viabilizadas a partir da recente aprovação da Medida Provisória dos Portos. Esses temas serão novamente abordados por ocasião da visita do vice-ministro da Agricultura da China ao Brasil, nos dias 20, 21 e 22 deste mês.


No encontro de Ministros da Agricultura da China, América Latina e Caribe o ministro Antônio Andrade foi um dos convidados para falar na sessão solene de abertura, que foi presidida pelo vice-primeiro ministro da China, Wang Yang.


Ainda no Foro de Ministros, detalhou as prioridades brasileiras no comércio com a China, em que mencionou "a preocupação com a diversificação da pauta exportadora, a exportação de produtos de maior valor agregado e o equacionamento dos problemas de logística, um tema que interessa tanto aos produtores brasileiros como aos consumidores chineses".


O ministro enfatizou, por fim, que esta foi sua primeira viagem internacional depois que assumiu o cargo.


- O destino não poderia ser outro, já que a China é a principal compradora dos produtos agrícolas exportados pelo Brasil - afirmou.


Aprosoja celebra aprovação da tecnologia RR2 pela China


A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) comemorou, em nota divulgada nesta segunda, a decisão do governo chinês de aprovar a utilização da soja geneticamente modificada Intacta RR2.


- Esta aprovação é importante para o produtor mato-grossense, pois queríamos adotar a nova tecnologia, mas não era possível sem a liberação do nosso principal mercado - afirmou o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, no comunicado.


A Monsanto, que produz a soja, havia firmado um acordo com a cadeia produtiva de lançar comercialmente a variedade transgênica de segunda geração somente depois do aval da China.


- Se plantássemos sem a certeza de que a China aceitaria o produto, poderíamos sofrer um embargo e consequências gravíssimas para a agricultura de Mato Grosso - explicou Fávaro.


Fonte: Rural BR. 10 de junho de 2013.



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