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Desoneração da cesta básica beneficia também os produtores de carnes


Quinta-feira, 14 de março de 2013 - 18h36

A desoneração dos produtos da cesta básica, que tem como objetivo direto beneficiar os consumidores com a queda dos preços dos produtos nos supermercados, é considerada positiva para os produtores de carnes. As mudanças devem começar a aparecer já nos próximos meses.


 


A medida tem o objetivo direto de beneficiar os consumidores. Produtos tradicionais da cesta básica vão ficar mais baratos, entre eles as carnes bovina, suína e de frango. Isto porque o governo está abrindo mão do PIS/Cofins que eram recolhidos junto às redes varejistas. A iniciativa é mais um capítulo no processo que visa desonerar os setores produtivos. Em 2009 a indústria da carne bovina já havia sido beneficiada e mais recentemente, em 2011, o setor da avicultura. O analista de mercado José Carlos Hausknecht explica que nos últimos anos houve uma redistribuição na carga de impostos deixando o recolhimento do PIS/Cofins apenas com a rede varejista.


- Toda cadeia de PIS/Cofins é recolhida só no supermercado. O resto da cadeia já estava com as alíquotas desoneradas, então é só o supermercado que vai parar de recolher.  Ele vai ter que repassar isto para o frigorífico e, consequentemente, o frigorífico vai repassar para o produtor.


A medida que pode baixar os preços dos produtos deve refletir nos elos de toda cadeia. A queda, em média de 8,0%, deve provocar aumento do consumo.


- Pode chegar ao produtor, não no curto prazo, mas no médio e longo prazo sim, porque você pode ter um estímulo ao aumentar a demanda. Consequentemente, isto pode ter um estímulo. Só a partir do segundo semestre do ano que vem que a gente pode avaliar se efetivamente a medida de desoneração do PIS/Cofins no varejo da carne suína tiver um efeito na demanda interna - avalia o diretor de Mercado Interno da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Soares Machado.


Para avicultura, onde é ciclo de produção é mais rápido, em média 40 dias, a previsão é mais otimista.


- A avicultura, de fato, tem um ciclo mais rápido que as outras carnes, então ela acaba sendo capaz de fazer os ajustes de oferta de maneira mais rápida. Este caso não é diferente, a avicultura está pronta para atender as necessidades do mercado - diz o gerente de Relações com o Mercado da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Adriano Zerbibi.


Uma boa notícia para o setor, que passou por dificuldades em 2012. Mesmo assim, o analista de mercado faz um alerta.


- Teoricamente reduziria o preço e aumentaria o consumo. O problema é que você tem hoje uma oferta de carnes que é restrita, não consegue aumentar de um dia para o outro. Num primeiro momento o aumento da demanda leva a um aumento de preço, então vai se buscar um novo equilíbrio. A queda não vai ser tão significativa num primeiro momento, mas assim que o produtor tiver um aumento de margem ele tende a aumentar a oferta no tempo, vai aumentar a produção de carne e o mercado vai buscar um novo equilíbrio - explica Hausknecht.


Fonte: Canal Rural. Por João Henrique Bosco. 13 de março de 2013.



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