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Com alta do preço, safra de trigo do Paraná deve crescer 15,0% em 2013


Quarta-feira, 6 de março de 2013 - 15h15

A produção de trigo do Paraná em 2013 foi estimada na quarta-feira (5/3) em 2,41 milhões de toneladas, o que representaria um incremento de quase 15,0% sobre a safra anterior, que teve quebra pelo clima adverso e redução de área, informou o Departamento de Economia Rural (Deral) em sua primeira previsão para o cereal neste ano.


No ano passado, afetada por seca seguida de geadas, a produção de trigo do estado somou 2,1 milhões de toneladas.


Mesmo com a quebra, o Paraná foi o maior produtor nacional de trigo, diante de problemas climáticos no Rio Grande do Sul.


Segundo o Deral, a safra maior prevista para 2013 é reflexo de um aumento da área cultivada com o cereal e de uma esperada melhora na produtividade, com mais investimento dos produtores em tecnologia.


A semeadura do trigo é projetada em 825 mil hectares neste ano, aumento de 6,0% ante 2012, mas ainda é inferior à média dos anos anteriores, quando ficou perto de 1,0 milhão de hectares.


O órgão estima a produtividade para esta temporada, cujo plantio se inicia entre meados de abril e maio, em 2.900kg por hectare, versus 2.700kg por hectare registrados em 2012 e 2.400kg apurados no ano anterior.


Nesses anos, o estado sofreu com problemas climáticos que acabaram reduzindo a produtividade das lavouras.


"Os preços são o maior motivo para o produtor optar em aumentar sua área plantada", apontou o Deral.


O acompanhamento do órgão no estado indicou que em fevereiro o preço pago ao produtor foi 70,0% maior do que em igual período do ano passado, com a saca de 60kg cotada a quase R$40,00.


O Deral destacou que, além da alta no mercado interno, cenário semelhante é visto em importantes fornecedores, com preços acima da média de três anos, com alta de 15,0% nos Estados Unidos e de 22,0% na Argentina. Já os preços paranaenses ficaram 49,0% mais valorizados.


Segundo o engenheiro agrônomo do Deral, Hugo Godinho, a forte alta vista no mercado paranaense reflete a menor oferta local.


"Posto isto, a área a ser plantada no Mercosul, especialmente na Argentina e no Brasil, será determinante para que os preços mantenham-se, ou não, sobrevalorizados em relação ao internacional" apontou, acrescentando que estas cotações internacionais tendem a recuar diante das previsões de safras maiores no hemisfério norte.


O Brasil produz menos da metade do trigo necessário para atender à demanda local. Por isso, é tradicional importador do cereal de países do Mercosul, sobretudo da Argentina.


Neste ano, porém, a escassez de oferta do cereal no Mercosul levou o governo brasileiro a isentar o produto de tarifa de importação para uma cota de um milhão de toneladas, que eventualmente poderá ser elevada a até dois milhões de toneladas.


Fontes do setor vêm indicando que os moinhos brasileiros devem intensificar as sondagens junto a outros fornecedores, além do Mercosul, em breve. A América do Norte deve ficar entre os principais fornecedores.


Fonte: Reuters. Por Fabíola Gomes. 4 de março de 2013.



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