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Criadores importam ração paraguaia para alimentar frangos no oeste do PR


Quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 - 08h43

Os criadores de frango de Toledo, no oeste do Paraná, estão alimentando as aves com ração importada do Paraguai. Com a falta de milho na região, cooperativas e indústrias precisaram buscar o grão no país vizinho. Sai mais barato fazer a importação do que comprar de outros estados brasileiros.


Os grãos que o caminhoneiro Everaldo Demozzi descarregou na fábrica de ração percorreram aproximadamente 270 quilômetros de Laranjal, no Paraguai, até Toledo, no oeste do Paraná. Mas ainda há muito milho para ser transportado.


Todos os dias, chega do país vizinho uma média de 20 caminhões carregados com milho. A empresa comprou 60 mil toneladas do grão. A opção pelo produto paraguaio se dá pela falta de milho para a venda no oeste do Paraná, grande produtor de grãos. Após a estiagem que arrasou a safra dos Estados Unidos, foi exportado um grande volume de grãos. Assim, não há milho para abastecer as indústrias brasileiras.


O produto nacional e o importado têm o mesmo preço. A única diferença é a distância entre as propriedades. "Nós tínhamos as alternativas de trazer do Mato Grosso, a dois mil quilômetros de logística, com mais ICM embutido, ou buscar no Paraguai, a 250 quilômetros da logística. No sistema brasileiro de importar e exportar produtos não tem impostos como o ICM", diz Roberto Kaefer, diretor da agroindústria.


Os produtores dizem a qualidade da ração é a mesma. Os frangos continuam crescendo e atingindo um peso médio de três quilos. "A qualidade da ração é boa e os frangos estão convertendo bem", diz o avicultor Aurélio Borges.


O avicultor Aurélio Borges, que está alojando 14 mil frangos, ganha a ração da fábrica. Por isso, o custo não mudou na propriedade. Mas a diferença é notada no valor recebido pela venda dos animais. No ano passado, época em que a avicultura passou por uma forte crise, a indústria pagava um valor menor aos criadores.


O diretor da agroindústria Globoaves, Roberto Kaefer, está confiante numa reação do setor este ano. Ele credita isso à diminuição dos custos de criação e ao abate de matrizes no ano passado, o que irá evitar uma superprodução agora. Com isso, os preços devem se manter mais valorizados.


Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 27 de fevereiro de 2013.



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