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China vende só 10% da soja ofertados em leilão de reservas


Sexta-feira, 26 de outubro de 2012 - 08h25

O governo chinês vendeu apenas cerca de 10% dos grãos de soja dos estoques estatais ofertados em leilão nesta quinta-feira (25/10), informou o Centro Nacional de Informações sobre Grãos e Óleos (CNGOIC) do país. Esmagadores adquiriram apenas 39.189 toneladas de soja da safra 2010, a um preço médio de 4.527 yuans por tonelada, segundo o órgão. De acordo com a cotação diária, cada dólar equivale a 6,24 yuans.


Foi a segunda vez consecutiva desde o início de agosto que o governo não conseguiu vender toda a soja que ofereceu em leilão. No último, realizado em 11 de outubro, foram vendidas 225.355 toneladas, ou cerca de 56% do total apresentado. O governo começou a oferecer soja de 2010 a partir do dia 11 de outubro, com preço maior do que o cobrado pela oleaginosa colhida em 2009.


Antes disso, o governo havia vendido todas as 400 mil toneladas de soja da safra 2009 que ofereceu nos leilões realizados entre 2 de agosto e 27 de setembro. Os leilões dos estoques estatais estão sendo realizados com frequência quinzenal.


O preço mínimo para aquisição da soja da safra 2010 até o momento foi de 4.500 yuans por tonelada, enquanto os grãos da safra 2009 custavam cerca de 3.950 yuans por tonelada. O aumento entre os anos foi de 13,9%.


O governo vendeu em torno de 3,7 milhões de toneladas de soja dos estoques estatais este ano, de acordo com cálculos da agência Dow Jones sobre dados do CNGOIC. Segundo o centro de informações, esmagadores consomem cerca de 60 milhões de toneladas da oleaginosa a cada ano.


A soja das safras 2009 e anteriores armazenada nos estoques estatais já foi vendida, mas as reservas de 2010 e 2011 permanecem amplas, destacaram analistas. Segundo eles, os estoques do governo têm em torno de 3 milhões de toneladas da oleaginosa.


O CNGOIC afirmou que o governo vai continuar oferecendo soja das suas reservas para aumentar a oferta de mercado. No entanto, processadores podem estar menos interessados nos leilões devido aos preços mais altos cobrados pelos grãos dos armazéns estatais, frente à queda recente dos preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago (CBOT). Os futuros da soja na CBOT acumulam queda de quase 12% depois de terem atingido patamar recorde no início de setembro. A soja na Bolsa de Dalian registrou perdas de cerca de 6% no mesmo período.


Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 25 de outubro de 2012.



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