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Scot Consultoria

Empresa brasileira quer levar sistema de plantio direto à Europa


Quinta-feira, 18 de outubro de 2012 - 08h23

Uma empresa brasileira quer consolidar o plantio direto na Europa, ainda incipiente. Há dez anos tentando promover esse tipo de plantio no continente europeu, uma prática já adotada no Brasil desde a década de 1970, a Semeato S.A., uma industria 100% brasileira, diz que agora terá as condições para efetuar esse objetivo.

Líder na produção de semeadoras para plantio direto no Brasil, a empresa se une à New Holland para fornecer esses equipamentos à multinacional italiana.

Carolina Rossato, diretora comercial da Semeato, diz que, além da consolidação no mercado brasileiro, a empresa quer ampliar participação na Europa e na África.

Na avaliação dela, as indústrias têm de oferecer cada vez mais um pacote tecnológico eficiente para os produtores. Daí a união entre a Semeato e a NH, o que poderá oferecer mais tecnologia para o desenvolvimento desse sistema fora do país.

Carlos d Arce, diretor de marketing da NH na América Latina, diz que as empresas têm de responder a todas as demandas. Como a NH não tem plantadeira e não vai desenvolver esse equipamento, buscou a Semeato.

Para Rossato, é preciso começar passo a passo e a maior barreira na Europa é a tradição de pai para filho no plantio convencional.

Ela afirma que a opção por esse plantio será inevitável devido à necessidade de uma produção maior de alimentos com conceitos de preservação e de melhor qualidade dos produtos.

Ela está ciente de que essa mudança passa por várias barreiras, mas que pesquisas, vindas do setor e de universidades, vão auxiliar.

Para dArce, essa parceria será importante para a busca de mercados na Europa e na África, mas cada região tem o seu ritmo distinto. Na Europa, o sistema tradicional de plantio, que remove a terra a cada safra, serve para esquentar o solo, após o inverno intenso da região.

Já as lavouras africanas têm características semelhantes às brasileiras, o que favorece mais o plantio direto, segundo dArce.

Esse sistema reduz a erosão da terra, conserva o solo mais úmido e reduz custos de produção.

Fonte: Folha de São Paulo. Por Mauro Zafalon. 17 de outubro de 2012.


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