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Cai produtividade da cana-de-açúcar na região centro-sul


Segunda-feira, 6 de agosto de 2012 - 08h51

A produtividade de cana-de-açúcar na safra 2011/2012 foi uma das mais baixas já registradas nas regiões tradicionais na atividade canavieira, como São Paulo e Paraná, e nas áreas de expansão, onde a cultura ganhou destaque nos últimos anos, como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. A queda nestas regiões foi, em média, de 15% em relação ao período 2010/2011, ocasionada principalmente por problemas climáticos e pela idade avançada dos canaviais.


Esta é uma das conclusões de um levantamento realizado por técnicos do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O estudo, feito a partir de informações coletadas em nove unidades da Federação, foi apresentado, nesta quinta-feira (2/8), na sede da CNA, representantes do Governo Federal, entidades do setor canavieiro e Federações de Agricultura e Pecuária.


Conforme o levantamento, a produtividade nas regiões tradicionais foi, em média, de 70,3 toneladas por hectare. Nas áreas de expansão, este índice foi de 68,7 toneladas por hectare. Na região Nordeste, onde o estudo foi feito em três estados (PB, AL e PE), a produtividade foi ainda menor, de 62,3 toneladas por hectare, mas estável em relação à safra 2010/2011. Historicamente, a produtividade de cana no Nordeste é mais baixa que nas regiões tradicionais e de expansão.

O estudo tem por objetivo subsidiar o setor canavieiro para a discussão de políticas públicas em benefício principalmente dos fornecedores independentes, que são os mais afetados com os problemas vividos hoje na atividade canavieira. "Queremos que o Governo tome conhecimento dos nossos problemas para nos apoiar com medidas para ajudar ainda mais o setor", explica o presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da CNA, Gerson Carneiro Leão.
 
Embora o produtor tenha recebido, nas duas últimas safras, preços superiores aos custos totais, também reflexo da queda de produtividade, Gerson Carneiro Leão defende que haja mais investimentos na renovação de canaviais, para evitar queda de produtividade e de produção, nas próximas safras, o que poderá impactar negativamente os preços pagos ao produtor.

O estudo apontou, também, alta nos custos de produção da atividade. Nas regiões tradicionais e de expansão, o aumento foi, em média, de 30%, em razão de fatores como os gastos com mão-de-obra mecanizada e o alto custo da terra em propriedades arrendadas no centro-sul do país. No Nordeste, a elevação dos custos foi de 23%. Segundo João Rosa, técnico do Pecege, "o produtor optou por ter a mesma produção em uma área menor, o que impactou no aumento". O levantamento mostrou, ainda,  que o fornecedor nordestino utilizou mão-de-obra intensiva, sendo o item que mais impactou nos custos. 


Fonte: Sociedade Rural Brasileira. Pela Redação. 4 de agosto de 2012.



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