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Socorro à suinocultura não chega a Mato Grosso, diz setor produtivo


Sexta-feira, 13 de julho de 2012 - 09h42

Os suinocultores de Mato Grosso não se sentiram contemplados com as medidas anunciadas pelo Governo Federal nesta quinta-feira (12/7) para minimizar os impactos provocados pela crise na suinocultura. Ao G1, o presidente da Associação de Criadores de Suínos em Mato Grosso (ACRISMAT), Paulo Lucion, afirmou que o pacote de ajuda só atende aos produtores da região sul do país.


Após o fim da audiência pública, os criadores iniciaram uma manifestação em favor de medidas que contemplem melhor as reinvindicações de todo o país. Ontem o ministro se reuniu com os representantes do setor para acertar os detalhes do pacote de ajuda e ouvir a reinvindicações.


Essas medidas vão amenizar, mas não vão resolver. Os recursos liberados para o Rio Grande do Sul tem que se estender para Mato Grosso. A força política deles é muito forte e nós, que estamos na mesma situação, acabamos em desvantagem, afirma Paulo Lucion.


Entre as medidas constam a liberação de R$200 milhões com taxas de juros de 5,5% ao ano para a aquisição de leitões ao preço de R$3,60/kg, a prorrogação das dívidas de custeio com vencimento ou já vencidas em 2012 para até janeiro de 2013. Dependendo da reação do mercado, o Governo prevê também estabelecer um preço base temporário (até 28 de dezembro deste ano) para a carne suína do Rio Grande do Sul.


Queremos que nossas dívidas sejam alongadas e também que o custeio de matrizes seja extra-teto e não dentro do nosso limite de crédito, frisa Lucion.


A crise


Uma série de fatores contribuiu para a crise no setor da suinocultura. Os custos de produção ficaram maiores do que o de comercialização, trazendo prejuízos. O diretor executivo da ACRISMAT, Custódio Rodrigues, em outra ocasião, explicou ao G1 esta questão. Hoje pagamos R$2,10 para produzir um quilo, vendido a R$1,75, disse.


Este preço elevado de produção foi influenciado, principalmente, pela alta nos preços do milho, o principal alimento para os suínos.


O anúncio do embargo à carne suína brasileira por parte da Rússia e da Argentina agravou a situação no setor. O país europeu era até então, era o principal mercado consumidor do Brasil. Mesmo sendo o principal exportador de carne para a Argentina, o país vizinho restringiu a entrada do produto durante quatro meses, o que contribuiu mais ainda com a crise.


Fonte: G1 MT. Pela Redação. 12 de julho de 2012.



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