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Queda nas exportações de carne suína, em junho, amplia crise do setor


Terça-feira, 10 de julho de 2012 - 09h28

"Os números de exportação de junho mais uma vez frustraram o setor de suínos. Uma ampliação nas vendas externas certamente ajudaria a reduzir a amplitude da crise pela qual atravessa a atividade", afirma o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. Ao analisar os resultados das exportações de carne suína, no mês passado, Camargo Neto comenta: "junho de 2012 foi menor que maio de 2012 e também menor que junho de 2011".


No próximo dia 12, quinta-feira, ele participará de ato público no senado federal organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). O tema da manifestação será a crise na suinocultura brasileira. O protesto incluirá audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado, caminhada dos produtores entre o Congresso Nacional e o Ministério da Agricultura, churrasco de carne suína na Esplanada e encontro com o ministro Mendes Ribeiro.


Apresentação da Abipecs no senado


Na audiência pública, Pedro de Camargo Neto fará uma análise das dificuldades pelas quais passa o setor, desde problemas tributários e de logística até os relacionados com preços de insumos e mão de obra. Também mostrará o atual quadro dos mercados externos para a carne suína brasileira. Os mercados suspensos, atualmente, são Rússia, Argentina, África do Sul e Albânia. Recentemente, foram abertos Estados Unidos e China, e ainda falta a abertura do Japão, da Coreia do Sul e da União Europeia.


No acumulado do ano, 268,78 mil toneladas


O Brasil embarcou 43.913 toneladas e faturou US$108,40 milhões em junho, uma queda de 16,76% em volume e 28,75% em receita, na comparação com junho de 2011.


No acumulado do ano, o aumento foi de apenas 0,72% em toneladas (268.783 toneladas) em relação ao período de janeiro a junho de 2011, enquanto a receita caiu 6,52%, ficando em US$687,35 milhões.


Embargo russo continua


"A incapacidade do governo federal de resolver o embargo da Rússia aos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso permanece. Notícias esparsas de que missão veterinária do Rosselkhoznadzor chegaria neste mês, infelizmente ainda não se confirmaram", lamenta o presidente da Abipecs.


"Destacamos que a Ucrânia passa a ocupar a posição de principal destino da carne suína, porém esse mercado tem preço médio significativamente inferior ao pago pela Rússia. Só estamos mantendo os volumes à custa do sacrifício das empresas exportadoras", diz Camargo Neto.


As vendas de carne suína para a Rússia caíram 52,87% em volume e 57,91% em receita, em junho - 11.623 toneladas e US$32,77 milhões -, ante igual período de 2011.


Principais destinos


A Ucrânia, com 11.938 toneladas, passou a figurar como primeiro importador da carne suína brasileira em junho, seguida de Rússia (11.623 toneladas), Hong Kong (7.313 toneladas), Angola (3.539 toneladas) e Singapura (2.244 toneladas).


Argentina, queda de 71%


Houve uma retração nas exportações para a Argentina de 71,19% em toneladas (apenas 713 toneladas) e de 73,50% em valor (cerca de US$2 milhões). Desde fevereiro o país vizinho impõe restrições à entrada do produto brasileiro.


"Nesta semana, o governo federal anunciou acordo com a Argentina, prometendo destravar o comércio entre os dois países. Entendemos que o acordo prevê volume de comércio, para o segundo semestre de 2012, semelhante ao segundo semestre de 2011. Esperamos que o acordo realmente se efetive, ajudando na recuperação do setor. Poderemos confirmar este acordo no relatório do mês de julho", diz o presidente da Abipecs.


Fonte: Suinocultura Industrial. Pela Redação. 6 de julho de 2012.



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