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Scot Consultoria

Novas fronteiras para a agricultura familiar


Quinta-feira, 5 de julho de 2012 - 09h26

O plano para financiamento da agricultura familiar na safra 2012/13, apresentado ontem (4/7) pela presidente Dilma e pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, terá mesmo R$22,3 bilhões divididos entre R$18 bilhões para custeio, investimento e comercialização e R$4,3 bilhões para ampliação dos serviços de assistência técnica e extensão rural, seguro, garantia de preços, comercialização, aquisição de alimentos e organização econômica.


O custo do financiamento para os pequenos produtores caiu de 4,5% para 4% ao ano, nas operações de custeio entre R$20 mil e R$80 mil. No restante das operações, os juros se mantiveram entre 1% e 3%. O teto de renda para enquadramento no Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) foi ampliado de R$110 mil para R$160 mil ao ano.


Com isso, Vargas prevê que 70 mil agricultores voltem a financiar sua safra por meio do Pronaf e usufruam de juros menores do que o Pronamp, programa destinado à classe média rural. Atualmente, os juros do Pronaf variam de 1% a 4% e os do Pronamp são fixos em 5%. Cerca de 70 mil produtores devem ser enquadrados no Pronaf após a revisão do teto, afirmou.


O plano também ampliou os dois principais mecanismos de compra de alimentos da agricultura familiar: o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). De hoje em diante, União, estados e municípios poderão comprar diretamente da agricultura familiar.


Hospitais, delegacias de polícia, exército. Todos poderão comprar diretamente do pequeno produtor, disse Vargas. O PNAE ampliará o limite de R$9 mil para R$20 mil ao ano por produtor, que poderá aumentar suas vendas para escolas e centros de ensino.


Entidades representantes da agricultura familiar elogiaram o plano, mas criticaram o ritmo lento da reforma agrária. É preciso repensar e reestruturar nossa política. O acesso à terra, com assistência e qualidade, é fundamental para a produção, disse Elisângela Araújo, representante da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar. O governo precisa acelerar esse processo, com o apoio da Embrapa, investindo em tecnologia para produzir em qualquer condição e enfrentando qualquer adversidade, afirmou Leandro de Freitas, representante da Via Campesina.


Fonte: Valor Econômico. Por Tarso Veloso. 5 de julho de 2012.



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