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Scot Consultoria

Intenção de consumo das famílias recua pela segunda vez seguida


Quarta-feira, 27 de junho de 2012 - 15h01

Após recuar 3,8% em maio, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) volta a apresentar queda. Em junho, o indicador aferido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no município de São Paulo, assinala retração de 0,6% frente a maio, ao passar de 139,8 pontos para 138,9 pontos, em uma escala que varia de 0 a 200 pontos e demonstra otimismo quando acima dos 100 pontos. Em comparação a igual período de 2011, o índice registra alta de 1%.


O resultado de junho foi pressionado, sobretudo, pela queda de 5,2% do item Perspectiva de Consumo. Outra categoria que apresentou redução considerável foi a Renda Atual com 3,0%. As demais variações negativas foram sinalizadas por Acesso ao Crédito (-1,7%) e Perspectiva Profissional (-0,1%). Apesar de apresentar a segunda retração consecutiva, o ICF permanece em patamar elevado de satisfação.


Os destaques positivos que contrabalancearam o indicador foram as altas de Momento para Duráveis (4,7%) e Emprego Atual (1,2%). O primeiro se deve por consequência da redução do IPI, principalmente para o setor automotivo e também o aumento da procura nos feirões nos pátios das montadoras. Já o segundo, é reflexo do bom momento do mercado de trabalho. De acordo com o IBGE, em maio, a taxa de desocupação atingiu mais uma vez o recorde para o mês desde o início da série histórica, em 2002. Outro item que apresentou leve variação positiva foi o Nível de Consumo Atual com 0,1% em junho ante maio.


Devido às incertezas do atual cenário econômico e dos impactos causados pelos estímulos adotados pelo governo, as famílias encararam com certa apreensão o momento e projetam um cenário de menos otimismo. Sendo assim, os consumidores preferem não comprometer o orçamento com contratação de crédito em longo prazo, mesmo com a redução de impostos para determinados segmentos de bens duráveis.


Segundo a Assessoria Técnica da FecomercioSP, o resultado do ICF em junho mostra que, apesar de os indicadores de emprego, renda e crédito apresentarem resultados positivos, é importante que o governo continue a garantir o ritmo de crescimento da atividade econômica. Desta forma, as famílias devem voltar a aumentar a propensão ao consumo quando houver maior percepção da segurança de sua renda e do emprego.


Nota Metodológica


A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurada mensalmente pela Fecomercio desde agosto de 2009 junto a cerca de 2.200 consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para duráveis. O índice vai de 0 a 200 pontos, onde abaixo de 100 pontos é considerado insatisfação e acima de 100 é denotado como satisfação. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, fabricantes, consultorias e instituições financeiras.


Fonte: Fecomércio. Pela Redação. 26 de junho de 2012.



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