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Scot Consultoria

Commodities Agrícolas


Quarta-feira, 30 de maio de 2012 - 09h47

Vulcão não assusta, as notícias de uma possível erupção do vulcão Nevado del Ruiz, próximo a áreas produtoras de café arábica na Colômbia, não foram suficientes para impulsionar as cotações do grão ontem na bolsa de Nova York. Assim, os papéis com entrega para setembro perderam 235 pontos e fecharam a US$1,6790 por libra-peso. Em nota divulgada pela Dow Jones Newswires, o Commerzbank disse que, embora seja esperada uma safra elevada no Brasil, um improvável aumento da produção na Colômbia e os estoques baixos no mundo podem sustentar os preços da commodity este ano. "Esperamos uma estabilização e, possivelmente, uma ligeira tendência de alta para o arábica", concluiu o banco. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos ficou a R$376,05, queda de 1,36%.


De olho nas nuvens, a previsão de chuvas para os próximos sete dias na Costa do Marfim e em Gana, os maiores produtores mundiais de cacau, colaborou para derrubar as cotações da amêndoa na bolsa de Nova York ontem. Os contratos com vencimento em setembro caíram 400 pontos, para US$2.122 por tonelada. A demanda por cacau pode superar a oferta na safra 2012/13, caso o fenômeno El Niño se torne ativo, o que é provável no segundo semestre do ano. "A elevada produção das últimas duas colheitas no oeste da África dificilmente será alcançada", disse à Dow Jones Newswires o analista Carsten Fritsch, do banco alemão Commerzbank. No mercado interno, o preço médio da arroba em Ilhéus e Itabuna (BA) ficou a R$70,66, de acordo com a Central Nacional de Produtores de Cacau.


Oferta enxuta, a forte demanda por soja, em um cenário de oferta justa, ajudou mais uma vez a sustentar as cotações do grão em Chicago. Os contratos para agosto subiram 5,25 centavos ontem, para US$13,6725 por bushel. No fim do pregão, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou novos dados sobre a evolução do plantio de soja no país. Segundo o órgão, a semeadura alcançou 89% da área, ante 76% da semana anterior. "A tendência é que a soja perca parte do prêmio de clima, à medida que as boas condições para o avanço da cultura se confirmem nos EUA, mas os preços ainda têm fundamento altista", disse Bruno Perottoni, analista da corretora Terra Investimentos. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos ficou a R$62,78, queda de 2,17%.


Clima derruba preços, as cotações do trigo recuaram ontem na bolsa de Chicago, influenciadas por questões de ordem climática. Os contratos para setembro perderam 22,25 centavos, a US$6,7225 por bushel. Em Kansas, onde se negocia o cereal de melhor qualidade, os papéis de mesmo vencimento fecharam a US$6,9350 por bushel, queda de 21,50 centavos. Há relatos de que a seca que atingiu Kansas, maior estado produtor de trigo nos EUA, reduziu a produtividade, mas ainda há níveis satisfatórios. Além disso, chuvas que chegaram no final de semana a outras importantes regiões produtoras do mundo, como Rússia e Ucrânia, aliviaram as tensões com a cultura. No mercado doméstico, o preço médio pago ao produtor do Paraná ficou a R$497,14 a tonelada, alta de 0,09%, segundo o Cepea/Esalq.


Fonte: Valor Econômico. Pela Redação. 30 de maio de 2012.



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