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Analistas esperam prejuízo líquido de R$62,6 milhões para Marfrig no 1º trimestre de 2012


Segunda-feira, 14 de maio de 2012 - 10h46

A empresa de alimentos Marfrig deve registrar um prejuízo líquido de R$62,6 milhões de janeiro a março de 2012, de acordo com a média das estimativas de analistas de cinco bancos e corretoras consultados pela Agência Estado (Barclays, Deutsche Bank, HSBC, Itaú Corretora e JP Morgan). Se comprovado o resultado, a companhia reverterá o lucro líquido de R$25,2 milhões do primeiro trimestre de 2011. A Marfrig apresentará seu balanço financeiro do período nesta segunda-feira (14), após o fechamento do mercado.


Para o Ebitda, os especialistas calcularam um montante de R$368 milhões, 9,1% superior aos R$337,3 milhões do primeiro trimestre de 2011. A margem Ebitda projetada é de 6,9% ante 6,4% na mesma base de comparação. Já para a receita líquida, a previsão é de R$5,478 bilhões, 4,3% superior aos R$5,252 bilhões do primeiro trimestre do ano passado.


A expectativa de um aumento nas despesas financeiras líquidas da Marfrig no período é o que baseia a expectativa de um prejuízo líquido no primeiro trimestre pelos analistas. "Reconhecemos os esforços feitos pela empresa com o propósito de aliviar as pressões da dívida e o aumento geral da eficiência por meio de uma estrutura corporativa mais enxuta e o aumento do foco em produtos processados no Brasil. Entretanto, segundo nossa expectativa, o elevado ônus da dívida da empresa deve compensar com folga os ganhos operacionais", afirmam os analistas do HSBC Pedro Herrera, Diego Maia e Ravi Jain, em relatório.


No geral, os resultados da Marfrig deverão ser prejudicados por vendas externas fracas, principalmente de carne de frango, assim como ocorreu com a BRF Brasil Foods no período. "As exportações da companhia entre janeiro a março foram afetadas por altos níveis de estoques no Japão e no Oriente Médio", afirma o analista do Barclays Gabriel Vaz de Lima, em relatório. Também foi consenso entre os especialistas de que os custos sofrerão pressão no período, por conta dos altos preços dos grãos no período, o que pode segurar uma expansão menor das margens da companhia.


Por outro lado, a operação de bovinos, a Marfrig Beef, pode ter um cenário mais favorável no período. "Apesar da queda em volumes (até pela base de comparação mais difícil), a divisão de carnes da Marfrig deverá colher os benefícios dos seguintes fatores: de um real fraco, da queda nos custos da matéria-prima (boi gordo) e de captura de sinergias da integração das operações do Mercosul", declaram os analistas do Deutsche Bank Jose Yordan e Rebeca Sanchez Sarmiento, em documento ao mercado.


Fonte: Agência Estado. Por Suzana Inhesta. 11 de maio de 2012.



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