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Abipecs diz que exportação de carne suína poderá ter baixa


Quarta-feira, 18 de abril de 2012 - 09h35

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, prevê uma baixa nas atividades do setor como consequência, principalmente, da demora na retomada do nível de encomendas da Argentina e da Rússia.


Segundo ele, os produtores estão se queixando também da elevação de custos causada pela quebra da safra de milho, no Rio Grande do Sul.


No entanto, o impacto desses entraves só deverá ser mais visível no ano que vem e terá efeito temporário, sentido apenas no curto prazo. Com relação à Argentina, Camargo Neto afirmou que "existe uma insegurança jurídica e há falta de transparência na relação comercial. A gente não sabe o quê, quando e como será liberado [o comércio de carne suína para o país vizinho]", embora o governo brasileiro tenha informado que os entendimentos entre as equipes técnicas estão em andamento.


Ao participar do seminário Travas no Comércio Bilateral Brasil-Argentina, em encontro da Câmara de Comércio Argentino-Brasileira, o presidente da Abipecs observou que houve uma perda de mercado significativa só com as restrições do parceiro do Mercosul. Mas manifestou a expectativa de uma definição para reverter esse quadro a partir de entendimentos que poderão ocorrer nesta terça-feira (17) entre o ministro da Agricultura do Brasil, Mendes Ribeiro, e o ministro argentino da Agricultura, Norberto Yauha, na 22ª Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.


De acordo com o balanço mais recente da Abipecs, as exportações para a Argentina recuaram 87,01%, em março deste ano na comparação com março de 2011, com volume vendido para o país vizinho de 427 toneladas. Já o faturamento foi 85,86% menor, com valor de US$1,32 milhão.


No caso da Rússia, que se mantem como o terceiro maior importador da carne suína brasileira, os embarques foram 47,97% menores do que em março do ano passado, com um total de 8.265 toneladas e o valor apresentou queda de 46,89%, com US$25,83 milhões.


Mesmo assim, o Brasil mantém-se na quarta colocação no ranking mundial e aumentou as vendas ao exterior, em março, em 6,93%, com o envio de 47.367 toneladas e faturamento de US$121,01milhões, ou 3% a mais do que em março de 2011.


Fonte: Exame. Por Marli Moreira. 17 de abril de 2012.



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