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Scot Consultoria

Criadores de SP deixam de vacinar o rebanho contra a brucelose


Sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012 - 09h47

Todos os anos, cerca de 40 bezerros das 400 cabeças de gado passam por vacinação contra a brucelose na fazenda do criador Fernando Penachine, que considera os custos com a imunização pequenos em relação ao prejuízo que pode ser causado pela doença. “Eu acho muito importante pelo valor da vacina. É uma vacina tão barata que pode ter um custo muito caro depois com a perda um animal por descuido de fazer a brucelose”, justifica Penachine. Todas as fêmeas entre três a oitos meses têm que ser vacinadas. A brucelose é responsável por grandes prejuízos no rebanho nacional. Causada por uma bactéria, a doença provoca aborto e redução da fertilidade. Como se trata de uma zoonose, a brucelose pode ser transmitida ao homem. A vacinação contra a doença é obrigatória e, por causa do risco contaminação, é preciso acompanhamento de um médico veterinário credenciado pela Defesa Agropecuária para realizar a imunização nos animais. “A vacina é viva e pode ser transmitida para quem tiver efetuando a vacinação. Quem for vacinar tem que ter cuidados como o uso de luvas, máscara e óculos. Transmitida para o ser humano, é um tratamento complicado e ocasiona vários problemas em relação à saúde dessa pessoa. Por isso, é de responsabilidade de um veterinário”, esclarece o veterinário Marcelo Pereira. A expectativa da Defesa Agropecuária de São Paulo era de vacinar um rebanho estimado em mais de 530 mil cabeças, mas apenas 70% dos animais foram vacinados. “Alguns pequenos produtores estão deixando de cumprir com a obrigação sanitária. Nós estamos tentando fazer um trabalho de educação e divulgação para que o produtor entenda e atenda a legislação. É dose única essa vacina. Se a fêmea não for vacinada dentro da faixa etária de três a oito meses de idade, nunca mais esse animal vai receber proteção contra essa doença”, alerta o veterinário Cláudio Depes. A brucelose, que raramente contamina o consumidor de leite ou de carne, é considerada uma doença profissional e atinge pessoas que lidam com os animais infectados, como os tratadores, veterinários ou quem trabalha em abatedouro. O ser humano contaminado pode contrair hepatite, pneumonia e em 2% dos casos a doença pode ser fatal. Fonte: Globo Rural. Pela Redação. 16 de fevereiro de 2012.
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