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França quer estimular exportações de carne


Quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012 - 15h37

A França decidiu entrar forte nas exportações de carne bovina e concorrer com o Brasil e a Argentina nos cortes de maior qualidade. A estratégia é compensar a queda do consumo no país e na Europa. O ministro da agricultura francês, Bruno Le Maire, disse ontem em Genebra que a "salvação" da pecuária do país passa agora pela exportação, "já que o consumo na Europa não será suficiente para oferecer uma renda adequada aos pecuaristas. Isso é algo totalmente novo para nós, já que exportávamos pouco", declarou. Le Maire revelou que o governo está implementando programas agressivos para estimular as vendas externas, incluindo incentivos para reduzir o custo de produção e fortalecer a colaboração entre produtores, a rigidez no controle sanitário e a ação diplomática para derrubar embargos que existiam até agora ao produto francês. Sobretudo, ele se refere ao empenho do presidente Nicolas Sarkozy, que acionou o mais alto escalão para conquistar mercados. "Para você ter ideia do nível em que tratamos esse tema, o presidente Sarkozy levou a questão diretamente aos primeiros-ministros Vladimir Putin, da Rússia, e a Recep Ergodan, da Turquia", comentou. Além desses dois países, a França está conquistando os mercados do Cazaquistão e da África do Norte. "Haverá uma concorrência sadia com o Brasil e a Argentina. Mas, em geral, os mercados são diferentes, pois nosso enfoque é em carne superior e mais cara", disse. O consumo de carne bovina na Europa estagnou (ou declinou, dependendo do país) devido ao aumento nos preços e à queda no poder de consumo diante da crise financeira. Outra razão é a mudança nos hábitos alimentares, que privilegiam cada vez mais o consumo de produtos de origem vegetal. Le Maire diz que "todo mundo dá subsídios para a agricultura", mas pondera que o objetivo da França não é garantir preços e sim apoiar produtores especiais nas montanhas. O ministro francês continua preocupado com a forte volatilidade de preços nos mercados agrícolas e espera que o G-20 implemente acordos acertados no ano passado. Fonte: Valor Econômico. Pela Redação. 9 de fevereiro de 2012.
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