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Scot Consultoria

Dívida de curto prazo do Minerva deve cair a 8%


Terça-feira, 7 de fevereiro de 2012 - 09h31

A captação US$350 milhões realizada pelo frigorífico Minerva nesta segunda-feira deve reduzir o endividamento de curto prazo da companhia para cerca de 8% da dívida total, afirmou ao Valor o diretor-financeiro da empresa, Edison Ticle. No balanço trimestral divulgado em setembro, o Minerva registrava R$503 milhões em dívidas de curto prazo (que vencem em um ano), o que representava 25,1% de uma dívida total de R$2,001 bilhões. Com a emissão dos notes — com vencimento em 2022 —, a empresa alongou a duração média de sua dívida para sete anos, de acordo com o executivo. O montante captado superou a expectativa inicial do frigorífico de levantar US$ 250 milhões, a uma taxa semestral de 13%, afirmou Ticle. “Começamos um road show para avaliar qual seria a receptividade dos investidores”, disse. Segundo ele, o livro de ofertas para a participação na captação chegou a US$1,7 bilhão, seis vezes superior ao total previsto. “Em função dessa oferta e da receptividade nas reuniões [com os investidores], decidimos levantar US$350 milhões”. A demanda pelos títulos também fez com que a companhia reduzisse a taxa paga pelo cupom semestral para 12,25%. De acordo com o executivo, o ambiente de menor aversão ao risco em janeiro foi fundamental para a decisão de realizar a captação, medida rechaçada pelo diretor no fim do ano passado. “Mudou bastante coisa em janeiro, explicou. Vimos uma janela de oportunidade importante para ir ao mercado e refinanciar nossa dívida”, explicou. Outro estímulo à emissão de títulos foram as captações realizadas por outras empresas brasileiras, como JBS, Braskem e Banrisul. “As captações só reforçaram a nossa visão de que o mercado estava aberto”, acrescentou. Dos US$1,7 bilhão registrados no livro de oferta, Ticle destacou o interesse dos asiáticos pelos títulos do Minerva. Ainda que não revele os valores exatos, o executivo disse os investidores asiáticos tiveram uma “participação bastante superior” à média de 10% e 15% nas ofertas. “Foi uma surpresa muito boa. A Ásia é um mercado novo para captação de empresas ‘high yield’ [risco de crédito mais elevado]”. Com a captação desta segunda-feira, Ticle descarta a possibilidade de novas emissões em 2012. “Não temos necessidade de financiamento adicional”, afirmou. Fonte: Valor Econômico. Por Luiz Henrique Mendes. 6 de fevereiro de 2012.
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