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Cai barreira ao etanol brasileiro nos Estados Unidos


Segunda-feira, 26 de dezembro de 2011 - 09h08

Depois de mais de 30 anos de protecionismo, o mercado dos Estados Unidos vai se abrir para o etanol brasileiro de cana-de-açúcar em 2012. O Congresso americano entrou em recesso sexta-feira (23) sem prorrogar a legislação vigente, que inclui subsídio de US$0,45 por galão de etanol produzido nos Estados Unidos, assim como a tarifa alfandegária de US$0,54 cobrada pelo galão de etanol importado. A medida expiraria no dia 31 de dezembro. "Com o fim das atividades no Congresso americano para 2011 nesta sexta-feira, não haverá mais oportunidade para qualquer medida que impeça a abertura para o etanol brasileiro, a partir do primeiro dia de 2012, do maior mercado consumidor de combustíveis do mundo", destacou, em comunicado, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), entidade, representativa dos principais produtores da região Centro-Sul. O Brasil, que é o segundo produtor mundial de etanol, depois dos Estados Unidos, reivindica há anos o fim das barreiras ao produto brasileiro. Desde 2007, a UNICA tinha um escritório em Washington para trabalhar pela eliminação das barreiras ao etanol brasileiro. Segundo a entidade, a tarifa impede que o etanol brasileiro chegasse ao mercado americano com preços competitivos. “Este é o momento em que Brasil e Estados Unidos, que juntos respondem por mais de 80% do etanol produzido no mundo, devem mostrar liderança e trabalhar juntos para criar um verdadeiro mercado global para o etanol, livre de barreiras tarifárias, a exemplo do que já acontece com o petróleo. Os dois países devem dar o exemplo e incentivar o resto do mundo para que produza e utilize mais etanol,” afirmou o presidente da UNICA, Marcos Jank. A entidade vê no fim de barreiras tarifárias nos EUA o caminho aberto para que as diferentes matérias primas utilizadas para produzir etanol, como o milho, a beterraba e a cana, sejam avaliadas exclusivamente com base em suas características para produzir biocombustíveis eficientemente. "O que não pode prevalecer é a proteção política à matéria prima deste ou daquele país,” afirma Jank. Ele destacou que o setor sucroenergético brasileiro vive um momento de transição, se esforçando para voltar a crescer e atender à demanda por seus produtos, que aumenta fortemente dentro e fora do Brasil. “Hoje a prioridade é atender o mercado doméstico, mas com o fim da tarifa americana, é possível visualizar a consolidação do etanol como commodity internacional, como já acontece com o açúcar" afirmou. Fonte: G1. Pela Redação. 24 de dezembro de 2010.
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