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Scot Consultoria

Etanol impulsiona atividade canavieira


Segunda-feira, 28 de novembro de 2011 - 09h05

Atividade com longa história no Nordeste, o cultivo da cana-de-açúcar ganha novo fôlego em Sergipe por conta do desenvolvimento econômico da região. A forte demanda por etanol anidro (misturado à gasolina) e hidratado (usado diretamente nos carros flex) fez com que esse segmento registrasse resultados positivos no Estado. De acordo com levantamento de agosto deste ano pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana em Sergipe na safra 2011/12 registrou aumento de 16,7% sobre o período anterior, para 2,36 milhões de toneladas moídas. A produtividade apresentou elevação de 15,8%, para 63,437 quilos de cana por hectare. A produção de etanol teve salto de 20,46%, para 121,97 milhões de litros e a de açúcar cresceu 19,65%, para 93,50 mil toneladas. A atividade sucroalcooleira em Sergipe passou incólume pelas turbulências provocadas pela crise econômica mundial de 2008. Dois projetos que foram implantados naquele ano estão bem, obrigado - e com planos de expansão, de acordo com os executivos da Agro Industrial Campo Lindo e da Usina Taquari. Em 2008, os investimentos previstos pela Agro Industrial Campo Lindo na Usina Gentil Barbosa, em Nossa Senhora das Dores, eram de R$120 milhões. Três anos depois, a soma chega a R$250 milhões, com 80% financiados pelo Banco do Nordeste. Voltada para a produção de etanol, a empresa moeu 800 mil toneladas de cana e produziu 500 mil litros diários de álcool na última safra em duas destilarias - uma de anidro e outra de hidratado. De acordo com o diretor comercial da empresa, Manoel Lima, as altas constantes do preço do petróleo no mercado externo deixaram o preço do etanol mais competitivo no mercado interno. "Como a demanda foi forte, não conseguimos fazer estoque de álcool", diz. O objetivo da empresa na próxima safra é ultrapassar a marca de milhão de toneladas de cana moída. O etanol não é o único produto a atrair a atenção da Campo Lindo. "Até agora, produzíamos 12 MW/h de energia por meio da cogeração, dos quais 5 MW/h eram exportados", diz o executivo. A partir de dezembro, a capacidade deve passar para 50 MW/h, com 20 a 25 MW/h exportados. Segundo o executivo, a empresa estuda instalar uma fábrica de açúcar, o que pode ocorrer em um ano e meio, dependendo do mercado, bem como um parque eólico com 60 torres. De acordo com Manuel Aguiar Menezes Neto, superintendente da Usina Taquari, no município de Capela, que pertence ao grupo Sociedade Anônima Manuel Aguiar Menezes (Samam), a moagem da usina está em permanente expansão. "Começamos com 258 mil toneladas de cana na primeira safra, que resultou em 22 milhões de litros de etanol; agora, processamos 430 mil toneladas de cana própria - mais 20 mil toneladas de fornecedores - e produzimos 37 milhões de litros de álcool", diz. O investimento inicial de R$78 milhões foi acrescido, em três anos, de R$26 milhões em caldeira nova para a produção de energia, além de R$35 milhões na fábrica de açúcar que entrar em operação em 2012, com produção de 1 milhão de sacas de 50 quilos. "Não se pode ficar refém de um único produto", afirma o executivo. Fonte: Valor Online. Por Ellen Cordeiro. 28 de novembro de 2011.
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