• Domingo, 14 de dezembro de 2025
Assine nossa newsletter
Scot Consultoria

Indústrias de café buscam opções para elevar vendas

Indústrias de café buscam opções para elevar vendas


Concentração do segmento, aumento da concorrência no varejo e dificuldade em repassar ao cliente final a valorização da matéria-prima dos últimos meses. Juntos, os três fatores estão levando as indústrias de café do Brasil, especialmente as de médio porte, a buscarem alternativas de venda para permanecerem ativas e não serem adquiridas por grupos maiores. Uma das tendências que começam a ganhar força no mercado brasileiro - e participação no faturamento das empresas - é a produção voltada a marcas próprias de café gourmet. Até então restritas a produtos de qualidade inferior, a marca própria para cafés de alta qualidade passou a ter uma demanda maior nos últimos três anos, sobretudo com o crescimento do número de cafeterias. “A marca própria para café gourmet é uma alternativa importante. Nos Estados Unidos muitas empresas se especializaram nisso e chegam a ter 90 marcas diferentes para atender clientes que vão desde cafeterias, restaurantes e até redes de concessionárias de automóveis”, afirma Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Maior indústria de café gourmet do país, o Café do Centro está ampliando suas vendas de marcas próprias nesta categoria. A empresa que fechou 2010 com faturamento de R$30 milhões tem nas marcas próprias de café gourmet a origem de 5% de suas vendas totais. “Saímos do zero para R$1,5 milhão em três anos. Iniciamos essa estratégia em 2007 e estamos crescendo a cada ano”, afirma Rodrigo Branco Peres, que comanda a companhia em sociedade com seu primo Rafael Branco Peres. Na lista de clientes com marcas próprias da empresa aparece a rede de postos de combustível Graal, dona da marca “Route Café”, desenvolvida e fabricada pelo Café do Centro. Os sócios da torrefação lembram que o Graal utilizava um café de baixa qualidade, mas em uma estratégia de revitalização de sua própria marca decidiu introduzir um café de alta qualidade. “Percebemos que, além de vender o expresso no balcão, os postos vendem o café torrado e moído para o cliente levar para casa. A rede não só aumentou as vendas de café nas lojas, mas passou a ter uma nova fonte de renda”, afirma Rafael Branco Peres. Ainda na linha de alternativas de canais de venda, a internet também passou a ser uma opção. O paulista Café Canecão e o capixaba Café Meridiano, por exemplo, estão apostando na venda de seus produtos pela internet. “Está começando a ficada cada vez mais comum na indústria do café a venda B2C (Business to Consumer), ou seja, direto ao consumidor final”, afirma Herszkowicz. À medida que a indústria se consolida, segundo Herszkowicz, iniciativas como a internet e marcas próprias de café gourmet passam a ficar cada vez mais frequente. Mais um passo na concentração do setor foi dado na semana passada, quando o grupo 3 Corações - joint venture entre Santa Clara e Straus-Elite - acertou a compra do Café Fino Grão, de Minas Gerais. Antes disso, a americana Sara Lee se firmou como líder no mercado doméstico ao incorporar em novembro do ano passado a então quarta maior indústria do país, a Café Damasco. Atualmente, as dez maiores companhias do país já respondem juntas, por 75,2% das vendas de café no mercado doméstico. Fonte: Valor Econômico. Por Alexandre Inácio. 28 de março de 2011. << Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja