Ciclo de oleaginosa se prolonga e adia plantio.
Uma safra histórica da soja no Paraná, estimada em aproximadamente 13,8 milhões de toneladas, afetou a cadeia do milho, cujo início do plantio da chamada "safrinha" teve que ser adiado em até 20 dias.
O milho "safrinha" é plantado pelos produtores na sequência da colheita da soja.
Como o ciclo da soja se prolongou, os paranaenses ficaram com um prazo curto para o cultivo do milho, que precisaria começar até 20 de março devido à norma do Ministério da Agricultura.
Os produtores temiam sofrer prejuízos, como redução da área de plantio, caso não tivessem o prazo estendido.
Mas a prorrogação do início do cultivo foi autorizada neste mês pelo ministério, a pedido também do governo do Estado.
Flávio Turra, gerente técnico da Organização das Cooperativas do Paraná, diz que o volume da safra de soja no ano passado surpreendeu por causa do clima, que trouxe mais produtividade.
"Embora a previsão do tempo fosse de seca, por causa do (fenômeno) La Niña, o que veio (a partir de outubro, quando começou o plantio da soja) foi muita chuva", disse Turra.
A consequência foi uma lavoura de soja que cresceu com maior intensidade, devido à abundância de água, mas que precisou de mais tempo para secar e ficar pronta para a colheita, afirmou o dirigente.
ROTAÇÃO DE CULTURAS
O calendário de plantio segue a chamada rotação de culturas estabelecida em normas do ministério.
Os produtores consideram que o milho da segunda safra representa uma alternativa de renda no outono e no inverno, além de garantir o sistema de rotação de cultura para preservação do solo.
No Paraná, é esperado o cultivo de 1,5 milhão de hectares na safrinha.
A expectativa é que a produção seja de 6,6 milhões de toneladas, o equivalente a 30% da produção nacional da safrinha.
Fonte:
Folha de São Paulo. Por Dimitri do Valle. 24 de fevereiro de 2011.
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