Atacado e varejo

As vendas de produtos lácteos no mercado atacadista estão aquecidas. Os preços, em abril, subiram, em média, 2,09%. O leite longa vida integral e o longa vida desnatado subiram 15,67%. A captação de leite cru caiu, situação que tem feito os preços do longa vida se comportarem de tal forma. A produção de leite pasteurizado também está prejudicada, porém a valorização não foi tão grande dada a menor demanda. O atual período coincide com a chegada da entressafra e a época de secar as vacas para parição. É uma temporada onde naturalmente acontece queda na produção de leite. A baixa remuneração do leite ao produtor e o aumento dos custos dos insumos incrementaram esse cenário e, fizeram com que os investimentos fossem menores com consequente queda de produção. O leite em pó integral (kg), cujo preço estava em baixa, em função da menor entrega de leite, reagiu 3,32%. Com menos matéria-prima, os laticínios têm se dedicado à produção de longa vida e queijos, produtos de maior demanda e, com isso, a oferta de leite em pó diminuiu. No varejo, o preço do leite fluído subiu 1,86%, em média. O aumento nos preços do leite UHT foi repassado ao consumidor que paga, em média, R$2,01/l, alta de 11,15% em relação a março. A cotação no varejo é a maior desde setembro de 2007. Em relação ao mesmo período do ano passado, o preço vigente está 23,11% mais alto. A expectativa é que os preços continuem a subir. Os estoques devem ser renovados a preços maiores e as altas repassadas ao consumidor. Além disso, a proximidade do inverno favorece a demanda por alguns produtos lácteos, como queijos.