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Scot Consultoria

Base forte e base fraca


Segunda-feira, 12 de julho de 2021 - 12h30


Após um primeiro semestre tumultuado em relação à crise de saúde no Brasil, aos poucos temos visto mais insumos e vacinas chegando para nossa população e isso traz um alívio imediato. O que era uma crise escura e longa parece mostrar com mais clareza uma luz no final do túnel.


O número de novos casos de covid tem recuado nas principais metrópoles e o Ministério da Saúde prevê um controle epidemiológico em mais três meses. Com base nesse cenário, vale a pena discorrer nossa opinião sobre os mercados externos e internos da carne bovina brasileira.


O segundo semestre de 2020 foi um período de “céu de brigadeiro” para os embarques de carne bovina. A média mensal das exportações do produto foi de 157,8 mil toneladas, montante este 10,9% maior frente ao segundo semestre de 2019 e 15,5% acima do mesmo período de 2018. Ou seja, aqui temos com 157,8 mil t, uma base forte de comparação.


No mercado interno, de julho a dez/20, os fechamentos e restrições mais duras eram corriqueiros. Com isso, o nível de circulação de pessoas e mercadorias “puxava o freio de mão” da economia. Sem bares, food service, escolas e faculdades fechadas, o consumo de carne bovina foi sustentado nos domicílios através do auxílio emergencial. No entanto, sustentado não é impulsionado. Aqui no mercado doméstico temos uma base fraca de comparação no segundo semestre de 2020.


O título desta leitura faz referência a isso. Em nossa opinião, o sentimento é construtivo, de toda maneira, para o consumo da carne bovina brasileira. Porém, com uma base forte de comparação, o espaço fica mais limitado para um desempenho muito acima do estado.


O contrário disso vem para o mercado doméstico, uma possível reabertura mais robusta da economia com a vacinação atingindo camadas mais jovens da população. Os braços adormecidos deste tipo de demanda abrem espaço para uma recuperação mais sólida do consumo interno.


Olhando para o curtíssimo prazo do dia a dia no mercado físico do boi gordo, vimos que as tentativas de compra ao redor de R$315,00/@, à vista, em São Paulo não foram eficazes, e que para fluir com o abastecimento de matéria-prima a indústria tem colocado a régua mais próxima dos R$320,00/@. Além disso, a guinada do dólar para R$5,20-R$5,25 abriu o apetite da indústria exportadora no início deste segundo semestre de 2021.


TABELA 1. Mercado futuro do boi gordo na B3 - R$/@, à vista.



Fonte: Cepea/Esalq - B3



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