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Scot Consultoria

Eventos externos chacoalham mercado novamente


Quinta-feira, 14 de setembro de 2017 - 14h40

Novamente eventos externos chacoalharam o mercado de forma significativa nessa semana. A notícia da prisão dos dois principais executivos da JBS trouxe à tona a lembrança dos acontecimentos de maio e o mercado futuro reagiu com fortes quedas em todos os vencimentos.


Quem acompanhou o pregão de 13/9 experienciou uma volatilidade típica dos piores momentos dos dias pós-delação. O contrato de out/17 chegou a fazer mínima de R$136,44/@, para acabar fechando em R$138,39/@, porém, as altas e quedas durante o dia extrapolaram em muito a volatilidade expressada apenas pela mínima do dia. O reflexo dessa enorme volatilidade foi um grande aumento no volume de negócios, sendo que apenas no out/17 foram negociados 7.325 contratos. O percentual de contratos comprados e vendidos no mesmo dia, o chamado day trade também foi altíssimo, perfazendo um total de 55,4% dos negócios realizados.


É natural e esperado que as reações do mercado futuro sejam sempre mais abruptas, rápidas e violentas do que as do mercado físico e, a queda na bolsa não significa necessariamente que o mercado físico cairá na mesma proporção, porém é fato que depois de tantos acontecimentos negativos na pecuária nesse ano, todos fiquem ressabiados com o menor sinal de perigo. É interessante notar, no entanto, que a reação do mercado financeiro à prisão dos irmãos Batista foi positiva, com as ações da JBS fechando em alta de 2,3% no pregão de 13/9 e subindo mais de 5,0% no pregão de 14/9.


Apesar de todo mundo ter ainda muito recente na memória as quedas de maio, junho e julho, é importante ter em mente que o ambiente de negócios agora é bem diferente e menos obscuro do que o enfrentado naquela época. A começar pela oferta de animais disponíveis, que era muito maior no final da safra, passando pela situação das exportações que continuam em setembro mantendo o ritmo de agosto e pela própria situação da JBS que conseguiu equalizar a dívida com os bancos e implementar um rápido processo de venda de ativos.


Nos próximos dias é certo que as indústrias irão testar o mercado ofertando preços menores e o que determinará se a pressão baixista será efetiva ou não vai ser o volume de animais prontos para abate nos confinamentos, já que apesar de ter caído nas últimas semanas, a margem da indústria no mercado interno continua acima da média histórica. É claro que o noticiário com relação aos irmãos Batista e ao acordo de leniência da JBS representam fatores que não podem ser ignorados, porém, ao que tudo indica esse susto tende a ser menor do que os outros que enfrentamos nesse ano.




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