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Scot Consultoria

Início de ano morno


Quinta-feira, 5 de janeiro de 2017 - 14h40

O ano começa dentro da normalidade para o período, ou seja, pouca oferta no mercado físico e a indústria sem muita disposição para pagar preços maiores. A boa notícia, porém, é que as vendas de final de ano surpreenderam positivamente, o que ocasionou reajustes positivos na carcaça e, consequentemente, melhora nas margens da indústria.


A melhora das margens da indústria no fim do ano já é, de certa forma, esperada, e ao longo de janeiro também é esperado que as quedas no preço da carne gerem uma piora nessas margens, porém, o que chama a atenção atualmente é que mesmo considerando alguma diminuição, que certamente ocorrerá, ela tem se mantido desde meados do ano passado em patamares acima dos apresentados nos últimos anos, como pode ser observado na figura 1.


A frieza do número na figura mostrando apenas a diferença entre a venda da carne com osso no mercado interno e o preço da arroba em São Paulo, porém, não mostra a realidade em detalhes. Logicamente que o aumento da ociosidade decorrente da diminuição dos abates gera um incremento de custo para as indústrias e a situação pode não ser tão positiva quanto o gráfico apresenta, porém, se ela não está boa agora, é fato que ela já esteve muito pior.


A situação atual de equilíbrio de forças e preços relativamente estáveis tende a perdurar no curto prazo, já que as ofertas de venda abaixo de R$150,00/@, à vista em São Paulo não voltaram a ocorrer de forma mais volumosa e, por outro lado, comprando nesses preços a indústria ainda consegue rodar com boas margens. O fiel da balança no curto prazo será mesmo a oferta, já que pelo lado do consumo com certeza não teremos nenhuma surpresa positiva em janeiro. 


Nesse início de ano o mercado futuro até tentou esboçar uma reação, com o contrato de jan/17 chegando a ser cotado em R$150,00/@, à vista, na sua máxima e maio/ 17 a R$147,00/@, porém, essa sustentação durou pouco e o ambiente baixista voltou a tomar conta da BMF, com jan/17 cotado abaixo de R$149,00/@ e maio/17 abaixo de R$145,00/@. Ao que tudo indica esse deve ser o tom desta safra e também entressafra, já que os preços do milho seguem em queda no mercado futuro, com set/17 cotado na mínima do contrato a R$31,50/saca, o que geraria uma relação de troca de 4,76 sacas/@ para outubro, número esse bem melhor do que os de 2016. Talvez por isso o contrato de out/17 já tem tido alguma liquidez, o que é muito pouco comum devido à época do ano. Com as altas indo e vindo de forma bem rápida, neste ano será ainda mais importante acompanhar de perto o mercado para poder aproveitar possíveis oportunidades melhores de fixação de preços.




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