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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Quinta-feira, 1 de setembro de 2016 - 14h50

A oferta enxuta é o que dita o ritmo dos abates em praticamente todo o Brasil. A indústria tenta ao máximo evitar aumentos de preço, mas aos poucos a necessidade de preencher a escala vai possibilitando pagamentos maiores pelo boi gordo. Essa realidade é mais forte fora de São Paulo, onde já houve pagamentos de até R$3,00/@ acima dos preços vigentes na semana passada. Em São Paulo os aumentos ainda são um pouco tímidos, porém, a média dos negócios já se aproxima muito do patamar de R$150,00/@ à vista, a despeito da queda do Índice Esalq à vista na semana, que foi cotado no dia 31/8 a R$148,63/@. Nessa realidade os diferenciais de base voltaram a fechar e o benefício das indústrias paulistas em comprar animais de fora do estado vai diminuindo, o que facilita a ocorrência de pagamentos maiores em São Paulo.


O mercado futuro teve mais uma semana com boa volatilidade e até havia ensaiado uma correção, com os contratos de setembro, outubro e novembro apresentando altas de até R$3,00/@ das mínimas ocorridas na semana passada, com setembro sendo negociado na máxima a R$152,00/@; outubro a R$155,34/@ e novembro a R$157,00/@. Com o Índice Esalq de 30/8 surpreendendo muitos participantes e caindo, o futuro não conseguiu consolidar esses ganhos e voltou a perder sustentação retomando os patamares de antes dessa alta.


Já no pregão de 1/9 a tendência altista voltou a prevalecer no mercado e a queda dos dias anteriores não conseguiu romper as mínimas da semana passada, solidificando assim, uma base de preços que foi testada e não foi rompida, abrindo espaço para que o próximo nível a ser testado seja o das máximas da semana anterior. Acompanhe na figura 1.


Pelo lado da demanda não houve grandes alterações e, apesar da recente melhora na carne ser um fator positivo a ser celebrado, o movimento ainda precisa ter maior amplitude para melhorar o apetite da indústria no momento. Os dados da exportação consolidada de agosto ainda não foram divulgados, porém, a expectativa é que seja um valor próximo ao visto em julho, ou seja, com volumes apresentando queda no ano, porém com preços por tonelada com alta em dólares.


Apesar da relativa timidez da demanda, a tendência é mesmo que o mercado ganhe sustentação à medida que a oferta vai piorando ao longo da entressafra. A precificação do mercado futuro aponta que o pior já passou, mas ainda não há indicações de grandes altas para o restante do ano. O tamanho dessa restrição da oferta vai dizer se as apostas do mercado futuro são conservadoras ou não.




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