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Scot Consultoria

Mercado futuro precifica altas maiores para o restante do ano


Sexta-feira, 9 de outubro de 2015 - 16h25

A entressafra vai avançando e a realidade de firmeza dos preços, típica do período, é o que dita o ritmo do mercado pecuário no Brasil. As altas, no entanto, têm sido comedidas, e se por um lado não há nenhuma expectativa de queda de preços, por outro, valorizações mais abruptas também não têm sido observadas.


O mês de setembro começou com o Indicador à vista cotado em R$143,24/@ e terminou cotado em R$144,65/@, uma alta de 1% no mês, que evidencia o cenário descrito acima. No início de outubro o ritmo de alta se acelerou e atualmente o indicador está cotado em R$146,80/@.


Até agora, a realidade vigente no mercado futuro sempre foi de um grande otimismo. Excetuando-se o mês de junho onde ocorreram quedas mais fortes de preços, nos demais meses as cotações sempre indicavam boas altas, com a realidade evidenciada pelo Índice Esalq na liquidação dos contratos nem sempre referendando essa precificação.


Em outras palavras, na maioria dos vencimentos, todo o ágio embutido na precificação dos contratos futuros acabou sendo devolvido à medida que se aproximava a liquidação pelo Índice Esalq. Ou seja, até agora, na média, esse foi um bom ano para quem travou preços de venda com antecedência.


Essa realidade tem sido mantida e até exacerbada para os contratos do restante do ano. A expectativa altista com a possível falta de animais prontos, alta do dólar e preços altíssimos de reposição fazem com que o mercado futuro permaneça com muito ágio frente ao Índice Esalq como pode ser observado na figura 1.


No gráfico, temos o Índice Esalq na linha branca, o contrato de out/15 na linha amarela, nov/15 na linha verde e dez/15 na linha rosa. Observe que a convergência de preços entre outubro e o indicador já começa a acontecer e vai se acentuar com o avanço do mês. Já os demais contratos ampliaram o ágio das cotações.



Cenários como esse são uma ótima oportunidade para se garantir preços mínimos a custos bastante razoáveis caso o produtor acredite em altas ainda maiores do que as já precificadas no mercado futuro mas não queira correr o risco.


Considerando o contrato de nov/15 a R$152,20/@ e o de dez/15 a R$153,30/@, o custo de seguro de preços mínimos são apresentados na tabela 1.



Repare que em todos os casos o valor líquido do nível segurado menos o custo do seguro, dá um valor acima do que temos no mercado físico atualmente.


É claro que existem muitos motivos para a expectativa de alta que o mercado futuro precifica atualmente, porém apostar nessas altas explosivas com um preço mínimo já garantido é bastante mais confortável.




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