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Scot Consultoria

Mercado futuro na semana


Sexta-feira, 21 de agosto de 2015 - 10h49

O mercado físico tem trabalhado em ambiente firme nos últimos dias. A manutenção dos preços da carne na pior semana de demanda do mês aliado à oferta ajustada de animais para abate tem ditado o ritmo das cotações.


Apesar de não terem sido observados em São Paulo aumentos fortes de preços, a possibilidade de recuo é bastante limitada e isso acaba dando mais força à expectativa altista por parte dos produtores. Ocorre que até agora todas as vezes que a indústria precisou ser mais agressiva nas compras, houve oferta disponível. Ou seja, quando as escalas encurtaram, aumentos de 1 real frente aos preços antigos conseguiram encontrar vendedores o que acabou por impedir altas mais fortes.


Esse cenário de preços mais firmes já estava totalmente refletido nas cotações do mercado futuro, que precificava um ágio de mais de R$ 4,50/@ entre setembro e o Índice Esalq e mais de R$ 6,50/@ entre outubro e o Índice Esalq, conforme relatamos no artigo da semana passada.


Diante desse cenário, o mercado futuro tem tido dificuldades em ampliar o movimento de alta mantendo-se praticamente estável frente ao físico mais firme. Além do ágio já embutido nos preços futuros, os diferenciais de base mais abertos também pesam conta valorizações mais fortes, já que muitas compras são redirecionadas para praças que estão relativamente mais baratas, como pode ser observado na tabela abaixo.



Existe um forte consenso sobre a dificuldade de se repassar aumentos da carne no mercado interno diante de toda a situação macroeconômica que vivemos hoje, por isso toda a expectativa de melhora é voltada para as exportações. Até o momento, esse também foi um fator de frustração de expectativas já que muitos de nossos compradores são economias ou em crise ou com forte dependência do petróleo que está com preços em forte queda. Repare na figura abaixo a evolução do volume exportado pelo Brasil e o preço do petróleo no mercado internacional.



Atualmente os preços do petróleo estão ainda mais baixos do que os refletidos no gráfico acima, testando o importante patamar de US$ 40,00/barril e piorando ainda mais a situação de nossos parceiros comerciais.


Com as exportações para os Estados Unidos ainda enfrentando questões burocráticas e sem ter início os embarques, a possibilidade de melhora substancial fica por conta da China, cujos volumes são limitados pelo baixo número de plantas habilitadas. No geral, mesmo considerando a óbvia restrição de oferta, o mercado futuro parece estar novamente dando boa oportunidade para fixação de preços para o restante da entressafra.




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