• Domingo, 12 de maio de 2024
  • Receba nossos relatórios diários e gratuitos
Scot Consultoria

E continua a pressão


Sexta-feira, 16 de janeiro de 2009 - 12h04

O mercado físico do boi gordo continua bastante pressionado em todo o Brasil. Após atingir níveis extremamente altos no final do ano, que refletiam uma demanda elevada bastante pontual devido às festas, o atacado recuou para os valores do início de dezembro e deu o sinal para que a pressão de baixa nos preços do boi começasse a ganhar força. O mercado futuro antecipou essa queda e o contrato de janeiro negociado a R$79,80/@ na manhã de quinta-feira (15/01) já precifica um boi ao redor de R$81,00/@, a prazo em São Paulo para o final do mês, contra um índice Esalq a prazo de R$84,90/@, ou seja, uma queda de aproximadamente R$4,00/@ até o final do mês. Apesar de toda essa pressão de venda no mercado futuro, os preços do contrato de janeiro apresentam um enorme suporte perto de R$79,50/@, como pode ser observado na figura 1. Durante a última semana, o contrato de janeiro foi testar valores abaixo de R$79,50/@ por 3 vezes, encontrando forte volume de compras em todas elas. Isso evidencia um grande sentimento geral no mercado de que essa pressão de baixa no mercado físico não teria força para trazer as cotações novamente abaixo de R$80,00/@, a prazo ainda em janeiro, em São Paulo. A movimentação do mercado futuro diminuiu muito neste mês de janeiro, com redução do número de contratos negociados por dia e uma enorme concentração dos negócios no contrato presente (janeiro), com os contratos de entressafra ainda sem liquidez significativa. Isso pode ser em grande parte explicado pela pouca diferença de preços entre os valores atuais e os indicados nos contratos futuros mais longos. Num mercado com tão pouco carrego (diferença de preços entre o preço à vista e futuro), os hedgers ficam com muito pouco interesse na venda, o que acaba tirando a liquidez dos contratos longos, o que por sua vez não atrai a atenção dos especuladores, deixando o mercado com pouca liquidez. Provavelmente esse verdadeiro desprezo do mercado pelos contratos mais longos será revertido caso o mercado comece a apresentar um maior carrego entre o futuro e os preços à vista. Isso aconteceria se os preços futuros subissem bastante ou se os preços do físico caíssem bastante. Vamos ver qual dos dois faz o movimento primeiro. Uma ótima forma de operar essa diferença é pelo spread maio x outubro, que atualmente se encontra bastante fechado se comparado com os últimos anos.
<< Notícia Anterior Próxima Notícia >>
Buscar

Newsletter diária

Receba nossos relatórios diários e gratuitos


Loja