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Scot Consultoria

O momento certo para entrar no mercado


Sexta-feira, 1 de agosto de 2008 - 15h23

Conhecer os custos de produção é o principal pré-requisito para a utilização eficiente do mercado futuro como forma de proteção contras as oscilações de preço. É o que chamamos de hedge. A partir daí, em função da situação de mercado, do caixa, do perfil do investidor e da assessoria disponível, é preciso, primeiro, escolher a ferramenta que será utilizada: mercado futuro propriamente dito, mercado a termo, mercado de opções ou um mix delas. Depois, faz-se necessário avaliar o melhor momento para a realização da operação. Nesse caso, é preciso estar munido de boas informações, e utilizá-las da forma correta. A análise da evolução dos preços futuros em contraposição com o mercado físico, juntamente com a avaliação do comportamento histórico do mercado, ajuda muita nessa hora. Veja a figura 1. Ela ilustra o comportamento do contrato outubro/08 em relação ao mercado físico (Indicador ESALQ). Veja que, entre meados de maio e início de junho, o mercado futuro oscilou mais ou menos entre R$93,00/@ e R$101,00/@, para outubro. Pagamento à vista. Esses valores chamavam a atenção. No entanto, outra informação era ainda mais importante. O ágio do futuro (outubro), em relação ao físico (maio/junho), estava na casa dos 15% a 17%. Quem contava com uma série histórica, ou com uma assessoria especializada na área, pôde perceber que essa diferença se encontrava ligeiramente acima da média dos últimos 13 anos. Portanto, tínhamos um preço relativamente alto e um ágio acima da média. Bom patamar para hedge de venda. Aliás, esse foi o tema do artigo publicado na página 9 da edição 766 deste informativo. Da mesma forma, ao longo das três primeiras semanas de julho, o mercado futuro (outubro) oscilou entre R$94,00/@ e R$84,85/@, mais ou menos. Preço baixo, totalmente deslocado de uma realidade de mercado com bezerro acima de R$100,00/@ e custos de confinamento superiores a R$105,00/@ engordada. Além disso, havia defasagem em relação ao físico, que chegou a 7%. Basta dar uma olhada no comportamento histórico dos preços para perceber que, o normal, é boi em alta entre julho e outubro. Portanto, o mercado futuro sinalizava um bom patamar para hedge de compra. Em síntese, com paciência e boas informações, é possível correr menos riscos no início das operações no mercado futuro, evitando o pagamento excessivo de ajustes e garantindo um bom patamar de hedge.
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