Apesar da desvalorização do real, o mercado do couro verde segue pressionado.
As cotações do couro catado, tanto no Brasil Central quanto no Rio Grande do Sul, voltaram a cair.
Foram registrados negócios em R$0,80/kg no Brasil Central e em até R$1,20/kg no extremo Sul do país.
Os curtumes alegam que o dólar estaria exercendo forte influência positiva caso as vendas estivessem aquecidas. Acontece que o couro está “empacado”.
Acompanhe, na figura 1, o desempenho das exportações brasileiras. Dados preliminares do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam um aumento, em agosto, de 19% em relação a julho, e uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. A tendência é claramente de baixa.
A Europa até tem realizado novas consultas e fechado alguns negócios, mas coisa pouca. China e Estados Unidos, por sua vez, estão em ritmo lento.
E a crise norte-americana realmente migrou do setor financeiro para a economia real. A discussão agora é tentar prever a intensidade do impacto sobre as economias emergentes.
Mediante esse cenário, os curtumes buscam derrubar a cotação do couro de primeira linha no Brasil Central, para R$1,00/kg. Já foram registrados negócios nesse patamar, para fornecedores de pequeno ou médio porte.
Ao longo do ano a cotação do couro de primeira linha acumula baixa de 39%.
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